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Trabalho a quente: como prevenir e evitar acidentes

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No ambiente de trabalho, a segurança dos colaboradores é uma prioridade inquestionável. Entre os diversos desafios que as organizações enfrentam nesse cenário, os acidentes relacionados a trabalho a quente merecem uma atenção especial.

As atividades que envolvem calor, chamas, soldagem e outras fontes térmicas apresentam riscos significativos se não forem devidamente gerenciadas. 

Nesta leitura, exploraremos estratégias cruciais para a prevenção de incidentes nesse contexto. Ao compreender os fundamentos e adotar as melhores práticas, é possível criar um ambiente de trabalho mais seguro e proteger a integridade dos colaboradores.  

Continue a leitura para saber mais e fortalecer a segurança na sua empresa!

O que é trabalho a quente?

Trabalho a quente é um termo usado para descrever qualquer atividade que envolve o uso de calor ou chamas, que podem gerar faíscas ou calor suficiente para causar um incêndio ou explosão. As atividades podem incluir soldagem, corte, brasagem, entre outros. 

Cada um desses processos tem suas próprias características e riscos específicos. Por exemplo, a soldagem pode produzir faíscas que podem inflamar materiais combustíveis próximos, enquanto o corte pode gerar calor suficiente para derreter metais. 

O trabalho a quente é notável por sua capacidade de produzir faíscas, chamas ou um nível de calor tão intenso que pode resultar em um incêndio ou até mesmo uma explosão. Isso pode ser particularmente perigoso em ambientes onde existem materiais inflamáveis ou combustíveis.  

É frequentemente empregado nos setores de construção e manufatura. Devido ao potencial de risco associado a essas atividades, medidas de segurança rigorosas são geralmente implementadas para prevenir acidentes.  

Portanto, é crucial que todos os trabalhadores envolvidos em atividades de trabalho a quente sejam devidamente treinados. Isso deve incluir treinamento sobre os riscos associados ao trabalho a quente, como usar corretamente o EPI e como responder em caso de emergência.

Lembrando que a segurança deve ser sempre a prioridade máxima ao realizar qualquer tipo de trabalho a quente. Portanto, é essencial que todas as precauções sejam tomadas para minimizar o risco de acidentes.

Quais os riscos envolvidos na realização do trabalho a quente?

Os perigos associados ao trabalho a quente são diversos e complexos, por exemplo:

  • Queimaduras 

O contato direto com chamas ou superfícies aquecidas pode resultar em queimaduras graves. Isso pode ocorrer durante a soldagem, corte ou qualquer outra atividade que envolva o uso de equipamentos de aquecimento. 

  • Incêndios 

Faíscas produzidas durante o trabalho a quente podem entrar em contato com materiais inflamáveis, causando incêndios. Isso é particularmente perigoso em ambientes onde materiais combustíveis estão presentes. 

  • Explosões 

A ignição de gases ou vapores inflamáveis pode resultar em explosões. Isso é especialmente relevante em operações que envolvem gases pressurizados ou vapores químicos. 

  • Exposição a gases tóxicos 

Durante o processo de trabalho a quente, podem ser produzidos gases tóxicos. A inalação desses gases pode levar a problemas de saúde a curto e longo prazo. 

  • Danos aos olhos 

A radiação ultravioleta produzida durante a soldagem pode causar danos aos olhos. Isso destaca a importância do uso de equipamento de proteção adequado, como máscaras de solda, vestimentas de proteção térmica, entre outros.

Esses riscos sublinham a necessidade de medidas de segurança rigorosas durante o trabalho a quente, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), treinamento adequado e práticas de trabalho seguras.

Preciso treinar meus trabalhadores? entenda as NRs 18 e 34

Sim, é crucial que os trabalhadores envolvidos em atividades de trabalho a quente recebam treinamento adequado. As Normas Regulamentadoras 18 e 34, estabelecidas para garantir a segurança dessas atividades, enfatizam a importância do treinamento. 

A NR 18, que trata das condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, apresenta requisitos e recomendações para a realização de atividades como soldagem, corte, e outras práticas que envolvam calor. 

Já a NR 34 abrange as condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção e reparação naval, contemplando também situações que envolvem trabalho a quente. Ela estabelece diretrizes específicas para a prevenção de acidentes e a promoção da segurança em atividades náuticas, que muitas vezes requerem procedimentos especiais. 

O treinamento deve ser abrangente e cobrir vários aspectos:

  • Técnicas de trabalho a quente 

Os trabalhadores devem ser treinados nas técnicas específicas necessárias para realizar trabalhos a quente de maneira segura e eficaz. 

  • Identificação de perigos 

É essencial que os trabalhadores sejam capazes de identificar os perigos potenciais associados ao trabalho a quente. Isso pode incluir a identificação de materiais inflamáveis, a avaliação de riscos de incêndio e a compreensão dos perigos associados aos gases e vapores produzidos durante o trabalho a quente. 

  • Uso correto de equipamentos de proteção individual (EPI) 

O treinamento deve incluir instruções sobre o uso adequado de EPI, como máscaras de solda, luvas resistentes ao calor e aventais de proteção. Os trabalhadores devem ser treinados para entender a importância do EPI e como usá-lo corretamente para minimizar o risco de lesões. 

  • Procedimentos de emergência 

Em caso de um incidente, é vital que os trabalhadores saibam como responder. O treinamento deve, portanto, incluir instruções sobre procedimentos de emergência, como o uso de extintores de incêndio e a evacuação segura do local de trabalho. 

Este treinamento abrangente é fundamental para garantir que os trabalhadores possam realizar trabalhos a quente de maneira segura e eficaz. Além disso, ajuda a minimizar o risco de acidentes e lesões no local de trabalho.

LEIA MAIS: A importância dos treinamentos de Segurança do Trabalho

A importância do uso de equipamentos de proteção individual

A utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) é fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores durante as atividades de trabalho a quente.  

Os diferentes tipos de EPIs e suas funções: 

  • Óculos de segurança 

Estes são projetados para proteger os olhos dos trabalhadores contra faíscas e radiação. Eles são feitos de materiais resistentes ao calor e possuem lentes especiais que podem filtrar a radiação prejudicial. 

  • Luvas de proteção 

As luvas são essenciais para proteger as mãos dos trabalhadores contra queimaduras. Elas são feitas de materiais resistentes ao calor e são projetadas para oferecer uma boa aderência, permitindo que os trabalhadores manuseiem equipamentos de trabalho a quente com segurança. 

  • Aventais 

Os aventais protegem o corpo do trabalhador contra faíscas e calor. Eles são feitos de materiais resistentes ao fogo e são projetados para cobrir uma grande área do corpo, oferecendo uma ampla proteção. 

  • Máscaras de solda 

As máscaras de solda são usadas para proteger o rosto e os olhos dos trabalhadores durante a soldagem. Elas possuem um visor especial que filtra a radiação ultravioleta e infravermelha, protegendo os olhos contra danos. Além disso, as máscaras de solda protegem o rosto contra faíscas e respingos de metal derretido. 

Cada um desses EPIs desempenha um papel crucial na proteção dos trabalhadores contra os perigos associados ao trabalho a quente. É importante que os trabalhadores sejam devidamente treinados no uso desses equipamentos e que os EPIs sejam regularmente inspecionados e mantidos para garantir sua eficácia.

Continue a leitura para aprofundar seu conhecimento.

SAIBA MAIS: “Forneci o EPI, mas o funcionário não usa”, quais são os riscos e o que fazer?

Procedimentos de emergência e resposta a incidentes

Quando se trata de atividades que envolvem trabalho a quente, é importante estabelecer procedimentos de emergência e resposta a incidentes. A implementação de medidas eficazes pode ser a diferença entre minimizar danos e garantir a segurança dos trabalhadores em situações críticas.  

Planos de evacuação

É essencial ter um plano de evacuação bem definido. Isso deve incluir rotas de saída claramente marcadas e pontos de encontro designados. Os trabalhadores devem ser treinados regularmente sobre esses planos para garantir que eles possam evacuar o local de trabalho de maneira rápida e segura em caso de emergência. 

Treinamento de primeiros socorros

O treinamento de primeiros socorros é vital para garantir que os trabalhadores possam responder efetivamente se alguém se machucar. Isso pode incluir aprender a tratar queimaduras, administrar RCP e usar um desfibrilador. 

Equipamentos de combate a incêndios

Equipamentos de combate a incêndios, como extintores e mantas de incêndio, devem estar facilmente acessíveis no local de trabalho. Os trabalhadores devem ser treinados em como usar esses equipamentos corretamente. 

Treinamento de resposta a emergências

Além do treinamento de primeiros socorros, os trabalhadores devem ser treinados em como responder a uma variedade de emergências. Isso pode incluir aprender a usar equipamentos de proteção individual (EPI), como máscaras de respiração e roupas resistentes ao fogo, e entender os procedimentos para alertar os serviços de emergência. 

Administração de primeiros socorros a vítimas de queimaduras

Em caso de queimaduras, é crucial que os trabalhadores saibam como administrar os primeiros socorros corretamente. Isso pode incluir resfriar a queimadura com água fria, cobrir a queimadura com um curativo estéril e buscar atendimento médico imediato. 

Lembrando que esses procedimentos devem ser revisados e atualizados regularmente para garantir que permaneçam eficazes e relevantes para o ambiente de trabalho.  

Além disso, todos os trabalhadores devem receber treinamento adequado e regular sobre esses procedimentos para garantir que estejam preparados para agir em caso de emergência.

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Escrito por: Ivan Procópio | Jovem Aprendiz de Gestão de Riscos