Gestão de Terceiros

Single Sourcing x Sole Sourcing: riscos envolvidos e boas práticas

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Na complexa teia empresarial, as estratégias de sourcing, processo de identificar, avaliar, e selecionar fornecedores, como Single Sourcing e Sole Sourcing, demandam uma análise criteriosa.  

Ao explorar modelos de parcerias como esses, é fundamental o claro entendimento sobre ambos, visto que as duas situações envolvem a escolha de um único fornecedor, mas suas motivações são diferentes. O Single Sourcing é baseado em relacionamentos consolidados, enquanto o Sole Sourcing busca a especialização em um fornecedor específico. 

Continue lendo para entender a diferença entre essas modalidades e quais riscos elas podem apresentar para sua empresa.

O que é Single Sourcing? 

Single Sourcing refere-se à estratégia de selecionar e manter um único fornecedor ou parceiro para suprir uma determinada necessidade ou serviço. Ao trabalhar com um único fornecedor, as empresas podem reduzir a complexidade associada à coordenação de múltiplos parceiros. Isso pode levar a uma maior eficiência operacional, facilitando a comunicação, a negociação de contratos e o gerenciamento geral da relação comercial. 

O Single Sourcing, ao permitir uma escolha de fornecedores mais diversificada, ou seja, você possui diferentes opções antes de selecionar o escolhido, oferece flexibilidade e mitigação de riscos. Em setores onde a singularidade na hora de contratar o fornecedor não é crítica, essa abordagem é estratégica e reduz a exposição a riscos trabalhistas e de negócios. 

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O que é Sole Sourcing? 

O Sole Sourcing, por sua vez, consiste na escolha exclusiva e muitas vezes imperativa de um fornecedor. Essa abordagem é mais restritiva do que o Single Sourcing, pois implica uma exclusividade mais pronunciada na escolha de um único fornecedor para uma determinada categoria de produtos ou serviços. Essa escolha pode resultar em eficiência para o negócio, mas traz consigo riscos de dependência e trabalhistas significativos.  

Em situações em que a especialização é crucial, como serviços de tecnologias avançadas, essa estratégia se mostra sensata. O principal risco atrelado ao esse modelo está justamente na dependência excessiva da contratante para com a empresa contratada que pode resultar em vulnerabilidades diante de mudanças no mercado ou no fornecedor, exigindo uma gestão cuidadosa. 

Desafios do Single Sourcing e Sole Sourcing 

Como é possível observar, essas estratégias não estão isentas de riscos. O Sole Sourcing pode levar a vulnerabilidades financeiras e operacionais devido à dependência única, enquanto o Single Sourcing, apesar de permitir uma escolha mais diversificada, pode aumentar a complexidade de gestão e expor a empresa a instabilidades.  

Ao optar por uma dessas estratégias, é imperativo considerar a natureza da demanda e a confiabilidade dos fornecedores. A implementação de controles de gestão específicos para cada estratégia também é crucial.  

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Gestão de Terceiros: o gerenciamento faz a diferença 

Estabelecer um programa de gestão de terceiros  fornecedores é fundamental para mitigar riscos legais e trabalhistas, ainda mais em contextos como os que estão sendo abordados nesse artigo. Ao compreender as nuances entre Single Soucing e Sole Sourcing, as empresas podem tomar decisões informadas, minimizando riscos e otimizando suas operações. 

A manutenção de um bom contrato Single Sourcing demanda exigências intensas e parcerias sólidas. Buscar evitar o Single Sourcing em setores voláteis ou onde a variedade de fornecedores compromete a eficiência operacional é uma iniciativa assertiva para empresas que buscam estabilidade e consistência. 

Para o Sole Sourcing, monitoramento constante da saúde do fornecedor, avaliações regulares e rigorosas de desempenho e diversificação quando possível são práticas recomendadas, além da a exploração contínua de novos fornecedores, mesmo quando uma parceria sólida já está estabelecida. 

Independente do formato de contratação escolhida, existem boas práticas que a gestão de riscos pode implementar em sua organização: 

  1. Adotar um processo de seleção e homologação do fornecedor mais rigoroso;
  2. Acordar previamente o nível de serviço esperado (inclusive nas obrigações acessórias);
  3. Estabelecer medidas corretivas que incomodem, mas que não representem risco a parceria;
  4. Realizar avaliações de conformidade nas documentações do fornecedor
  5. Realizar auditoria in loco, periodicamente;
  6. Realizar reuniões e cerimônias frequentes para antecipar problemas e reforçar o relacionamento;
  7. Acompanhar a situação de mercado do fornecedor (situação cadastral, volume de rescisões, inadimplência, notícias e escândalos, etc.);
  8. Implementar programa para desenvolvimento de outros fornecedores confiáveis. 

Por fim, ao implementar uma das estratégias aqui analisadas, é vital exercer cautela. Avaliações periódicas das condições de mercado, a complexidade da cadeia de suprimentos e a adaptabilidade dos fornecedores devem ser consideradas para evitar riscos não previstos. 

Autor: Almir Rocha | Sócio de Gestão de Terceiros da Bernhoeft