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Outubro rosa e segurança do trabalho: prevenção e gestão de terceiros
O movimento Outubro Rosa, amplamente reconhecido por conscientizar sobre o câncer de mama, foi iniciado na década de 1990 com o objetivo de educar mulheres e homens sobre a importância da prevenção e do autocuidado, abrangendo tanto a saúde física quanto emocional.
No Brasil, o câncer de mama é responsável por cerca de 25% dos novos casos de câncer em mulheres, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), reforçando a necessidade contínua de conscientização.
Entretanto, essa preocupação com a prevenção não deve ser limitada ao âmbito pessoal. Ela se estende para o ambiente de trabalho, especialmente na gestão de riscos ocupacionais e de terceiros. Garantir condições que promovam a saúde física e mental dos trabalhadores, incluindo os terceirizados, é uma responsabilidade que vai além das normas tradicionais de segurança.
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Além disso, a mobilização de fornecedores pode desempenhar um papel fundamental, assegurando que as empresas terceirizadas estejam alinhadas com as políticas de saúde e segurança da contratante, promovendo o bem-estar de todos os envolvidos no processo. Criar um ambiente de trabalho saudável, que priorize o bem-estar e incentive a conscientização contínua, é crucial para a segurança do trabalho e a prevenção de doenças, como o câncer de mama.
Integrar o Outubro Rosa nos diálogos diários de segurança (DDS) é uma excelente oportunidade para engajar os colaboradores e reforçar a importância de práticas preventivas. Ao abordar esse tema, as empresas promovem:
- Conscientização: informações sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce são essenciais para salvar vidas.
- Prevenção: instruções sobre o autoexame e a realização de exames clínicos regulares, incentivando a detecção precoce.
- Apoio: um ambiente de trabalho acolhedor encoraja as colaboradoras a cuidarem da saúde e buscarem ajuda.
- Cultura de Saúde: promover o bem-estar dentro do ambiente corporativo fortalece a cultura organizacional voltada para o cuidado e segurança.
Ao integrar o Outubro Rosa à rotina de segurança do trabalho, a empresa reforça sua responsabilidade na proteção da saúde de seus colaboradores, indo além das obrigações legais e construindo uma cultura sólida de prevenção e apoio.
Este artigo explora como o movimento Outubro Rosa se relaciona com a segurança no trabalho, destacando a importância da prevenção, o papel da terceirização na saúde ocupacional e o impacto que a disseminação de informações pode ter na saúde dos colaboradores. Promover a conscientização e fornecer orientações adequadas fortalece tanto a saúde quanto a segurança no ambiente de trabalho.
Prevenção e Segurança: outubro rosa no ambiente de trabalho
A prevenção é um princípio central tanto no movimento Outubro Rosa quanto na segurança do trabalho. No contexto do câncer de mama, ela envolve a conscientização sobre fatores de risco e a promoção de exames regulares, como mamografias e autoexames. Na segurança do trabalho, prevenir significa adotar medidas que minimizam riscos de acidentes e doenças ocupacionais.
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No ambiente corporativo, a prevenção vai além do uso de EPIs e normas técnicas. Ela abrange a criação de um local de trabalho seguro e saudável, com foco na redução de riscos à saúde física e mental. Durante o Outubro Rosa, as empresas podem reforçar essa cultura promovendo campanhas internas sobre o câncer de mama, incentivando exames regulares e oferecendo suporte ao bem-estar das funcionárias.
Boas práticas incluem palestras, workshops com especialistas em saúde e a oferta de exames médicos in loco, como mamografias. Essas ações contribuem para um ambiente de trabalho mais saudável e reforçam a importância da prevenção como parte da cultura de segurança do trabalho.
É fundamental que as campanhas sejam inclusivas, envolvendo todos os colaboradores. Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem ser afetados, ainda que em menor proporção. Ao desmistificar preconceitos e promover a inclusão, essas iniciativas ajudam a criar um ambiente acolhedor para todos.
A relação entre prevenção e saúde ocupacional
A integração entre o movimento Outubro Rosa e a saúde ocupacional oferece benefícios significativos tanto para os colaboradores quanto para as organizações. Campanhas educativas sobre o câncer de mama, aliadas ao acesso a exames periódicos, desempenham um papel crucial na redução do absenteísmo, que muitas vezes resulta de doenças graves.
Quando uma trabalhadora é diagnosticada precocemente, suas chances de recuperação são amplificadas, o que facilita um retorno mais ágil ao ambiente de trabalho. Essa dinâmica não apenas melhora a qualidade de vida da colaboradora, mas também impacta positivamente a produtividade da equipe.
Além disso, empresas que priorizam a saúde de seus funcionários, integrando a prevenção ao câncer de mama com práticas de segurança do trabalho, constroem um ambiente mais seguro e saudável. Isso pode resultar em custos reduzidos relacionados a afastamentos e tratamentos de saúde mais complexos.
Estudos demonstram que ambientes de trabalho que promovem a saúde física e mental têm níveis mais altos de satisfação e retenção de colaboradores, além de maior comprometimento com a organização prevenção e saúde ocupacional também se reflete na cultura organizacional.
Ao engajar os colaboradores em iniciativas como o Outubro Rosa, as empresas não apenas mostram que se preocupam com o bem-estar de seus funcionários, mas também incentivam um diálogo aberto sobre saúde e prevenção. Isso pode levar à identificação precoce de outros problemas de saúde e a uma maior conscientização sobre a importância de manter hábitos saudáveis.
Por fim, as iniciativas voltadas para a saúde das mulheres e a conscientização sobre o câncer de mama no contexto da segurança do trabalho ajudam a desmistificar o assunto, tornando-o parte integrante da cultura da empresa. Essa abordagem não só fortalece a imagem da organização, mas também contribui para um ambiente de trabalho mais inclusivo e solidário.
Terceirização e subcontratação: desafios para a segurança e saúde
Quando pensamos em Gestão de Terceiros, a terceirização e subcontratação são práticas comuns no mercado de trabalho e, quando mal administradas, podem agravar os riscos à segurança do trabalhador. A realidade dos trabalhadores terceirizados é, muitas vezes, marcada por condições mais precárias de trabalho, jornadas exaustivas, falta de treinamento adequado e até mesmo de benefícios básicos, como o acesso a exames médicos periódicos.
No contexto do Outubro Rosa e da segurança do trabalho, essas práticas podem ser especialmente prejudiciais. Mulheres que trabalham em condições precárias têm menos acesso a informações e exames preventivos, e a pressão por produtividade pode dificultar que façam pausas necessárias para consultas médicas.
Nesse sentido, a saúde ocupacional para trabalhadores terceirizados precisa ser uma prioridade das empresas contratantes, que devem garantir que todos os colaboradores, independentemente do regime de contratação, tenham acesso igualitário a campanhas de prevenção e cuidados médicos.
É fundamental que as empresas que terceirizam parte de sua força de trabalho compreendam sua responsabilidade social e legal em garantir a segurança e saúde de todos os trabalhadores envolvidos. Isso inclui:
- Implementação de políticas de integração: assegurar que funcionários efetivos e terceirizados tenham o mesmo nível de proteção contra acidentes e doenças ocupacionais.
- Foco nas trabalhadoras terceirizadas: as mulheres que atuam em setores como limpeza, serviços gerais e atendimento estão frequentemente expostas a condições que podem aumentar o risco de problemas de saúde, como o câncer de mama.
As mulheres terceirizadas em setores como limpeza, serviços gerais e atendimento, por exemplo, estão frequentemente expostas a condições que podem aumentar seu risco de desenvolver problemas de saúde, incluindo o câncer de mama.
Exigências físicas, falta de descanso adequado e dificuldade de acesso ao sistema de saúde são alguns dos fatores que tornam esse grupo mais vulnerável. Por isso, a promoção de campanhas de saúde, que incluam essas trabalhadoras, é uma prática essencial para a melhoria da segurança do trabalho como um todo.
Ações para formação e capacitação: um diferencial na segurança e saúde
A formação e capacitação são fundamentais para a prevenção de doenças ocupacionais e promoção da saúde no ambiente de trabalho. É essencial instruir os trabalhadores sobre os riscos imediatos que enfrentam e sobre questões de saúde mais amplas que podem impactar seu bem-estar.
Programas de capacitação
- Treinamentos regulares: devem incluir a importância de exames de rotina, como mamografias e check-ups regulares. Esses exames são cruciais para a detecção precoce de doenças.
- Informação sobre sinais precoces: os trabalhadores devem ser educados sobre os sinais precoces de doenças, como o câncer de mama. Essa educação pode levar a uma identificação mais rápida de anomalias, permitindo que os funcionários busquem atendimento médico de forma eficaz.
Impacto na prevenção
- A capacitação contínua não apenas melhora a prevenção de doenças, mas também reduz a incidência de acidentes de trabalho e outras condições de saúde relacionadas.
- Trabalhadores bem treinados são mais conscientes dos riscos que enfrentam e, portanto, são mais propensos a adotar comportamentos seguros, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo.
Cultura de segurança
- Investir em ações de formação e capacitação fortalece a cultura de segurança dentro da organização, mostrando que a empresa valoriza e cuida de seus colaboradores.
- Essa cultura pode ser integrada às campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, reforçando a importância da saúde e prevenção.
Benefícios organizacionais
- Ações de formação impactam positivamente a produtividade e o moral da equipe. Quando os colaboradores se sentem apoiados e informados, a satisfação no trabalho tende a aumentar.
- Além disso, a capacitação reduz custos associados a tratamentos de saúde e afastamentos, pois promove um ambiente mais saudável e seguro.
Integração com campanhas de conscientização
- A capacitação deve ser alinhada a campanhas como o Outubro Rosa para garantir que todos os colaboradores tenham acesso à informação e ao suporte necessário para cuidar de sua saúde.
- Campanhas educativas podem incluir palestras, workshops e materiais informativos que reforcem a importância da detecção precoce e dos cuidados preventivos.
Conclusão
Diante da importância da saúde das mulheres, especialmente em iniciativas como o Outubro Rosa, é essencial que a Gestão de Terceiros em uma empresa contratante inclua a preocupação com a saúde das trabalhadoras terceirizadas. As mulheres, muitas vezes sobrecarregadas por jornadas duplas de trabalho e demandas familiares, merecem atenção especial.
A mobilização de fornecedores nesse processo é fundamental para assegurar que essas empresas parceiras também estejam engajadas em promover ações de prevenção e cuidado, como campanhas educativas, check-ups regulares e ambientes de trabalho saudáveis.
Dessa forma, a gestão de terceiros não apenas demonstra responsabilidade social, mas também garante melhor produtividade, reduzindo absenteísmo e fortalecendo a relação com seus parceiros. Esse cuidado reflete uma visão inclusiva e sustentável, essencial para empresas comprometidas com o bem-estar de todos que colaboram em sua cadeia de produção.
Como a Bernhoeft pode ajudar?
A Bernhoeft é uma empresa especialista na Gestão de Risco com Terceiros e é referência no mercado, sempre oferecendo soluções ágeis e descomplicadas. Contamos com uma equipe especializada e estamos sempre atentos às atualizações normativas.
Assim, realizamos a análise documental referente à saúde e segurança do trabalho a fim de verificar a conformidade com a legislação pertinente. Entre em contato conosco e saiba como podemos ser parceiros na promoção da saúde e segurança do trabalho.
Escrito por: Bruno José Ramos da Silva | Assistente de Gestão de Riscos com Terceiros