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Implementação da NR 33 em indústrias alimentícias: desafios e estratégias para a segurança em espaços confinados
A NR 33, que regulamenta a segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, tem influência direta para as indústrias alimentícias, onde esses ambientes são comuns para a produção e armazenamento de produtos. Em locais como silos, tanques, caldeiras, reatores e sistemas de ventilação, os trabalhadores podem se deparar com condições de trabalho bastante desafiadoras, que exigem uma atenção especial para assegurar a proteção de todos.
Dentro desse contexto, os riscos em espaços confinados nas indústrias alimentícias podem ser elevados. A falta de ventilação adequada, a presença de atmosferas perigosas, como gases ou vapores, e o risco de acidentes como quedas ou soterramentos são algumas das situações que exigem cuidados redobrados. Esses espaços, essenciais para a produção de alimentos, como processos de fermentação, cocção ou até o armazenamento de matérias-primas, podem se tornar um terreno propenso para acidentes graves, se não forem tomadas as devidas precauções.
A NR 33 visa regulamentar a forma como as indústrias alimentícias devem lidar com esses riscos. Ela exige, por exemplo, que a atmosfera nos espaços confinados seja constantemente monitorada para evitar a presença de gases perigosos, como dióxido de carbono ou metano, que podem ser liberados durante processos alimentícios. Além disso, a norma enfatiza a necessidade de o ambiente ser adequadamente ventilado e que os trabalhadores recebam equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos para se proteger de riscos respiratórios, quedas ou outros acidentes.
Outro ponto importante da NR 33 é o treinamento contínuo dos trabalhadores. A norma exige que todos os profissionais que possam entrar em espaços confinados recebam treinamento específico sobre os riscos envolvidos, os procedimentos corretos de segurança e, principalmente, as ações a serem tomadas em emergências. Isso inclui saber como agir em caso de intoxicação, incêndio ou qualquer outra situação de risco iminente.
Identificação e classificação de espaços confinados
É importante entender o que caracteriza um espaço confinado. De acordo com a NR 33, um espaço confinado é aquele que, embora tenha uma abertura para entrada e saída, não é projetado para a ocupação contínua de pessoas. Pode ser um ambiente onde o trabalhador precisa entrar para realizar manutenção, inspeção ou limpeza, por exemplo.
Nas indústrias alimentícias, isso inclui locais como tanques de armazenamento de líquidos, silos de grãos, caldeiras, reatores e sistemas de ventilação e encanamentos.
A identificação desses espaços é feita por meio de uma avaliação detalhada de todas as áreas da planta onde os trabalhadores podem entrar, seja por necessidade de manutenção, limpeza ou monitoramento de processos. A empresa deve realizar um levantamento detalhado dos ambientes, levando em conta fatores como o espaço limitado, a ventilação e a presença de substâncias perigosas. A classificação desses espaços, por sua vez, ajuda a determinar os níveis de risco e a forma mais adequada de tratá-los.
A classificação pode ser feita com base em dois principais critérios: o tipo de ambiente e os riscos presentes. No primeiro, a análise deve considerar se o espaço é ou não destinado a ocupação contínua de pessoas e se há uma abertura adequada para entrada e saída. No segundo, deve-se avaliar se o ambiente contém atmosferas tóxicas, inflamáveis ou deficitárias de oxigênio, o que aumenta significativamente os riscos para a saúde dos trabalhadores.
Por exemplo, em uma indústria alimentícia, um silo de grãos pode ser classificado como um espaço confinado devido ao seu formato e ao risco de atmosfera tóxica ou explosiva caso os grãos estejam fermentando ou gerando gases. Outro exemplo pode ser um tanque de armazenamento de líquidos, onde a presença de vapor ou substâncias químicas utilizadas no processo de produção também pode configurar um risco grave.
Com a identificação e classificação adequadas, a indústria pode adotar as medidas necessárias para mitigar os riscos. Isso inclui a instalação de sistemas de ventilação forçada, monitoramento contínuo da qualidade do ar, o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPIs) específicos e a implementação de treinamentos regulares para os trabalhadores. Além disso, é fundamental garantir que os procedimentos de entrada e as ações de emergência sejam bem definidos, com planos de resgate e primeiros socorros claros.
Medidas de controle e prevenção de riscos em espaços confinados
Quando falamos sobre a segurança em espaços confinados nas indústrias alimentícias, a prevenção de riscos deve vir em primeiro lugar. A primeira ação importante é o monitoramento contínuo da atmosfera. Em muitos espaços confinados, especialmente nas indústrias alimentícias, como aquelas que lidam com processos de fermentação ou armazenamento de substâncias químicas, há o risco de acumulação de gases perigosos, como dióxido de carbono ou metano.
Para mitigar esses riscos, é fundamental o uso de equipamentos de monitoramento de gases, que garantem que o ar dentro do ambiente esteja sempre seguro para os trabalhadores. Além disso, deve se manter uma ventilação adequada – muitas vezes forçada – para garantir que o ambiente esteja sempre renovado e livre de substâncias tóxicas.
Outro ponto crítico para a segurança é o treinamento dos funcionários. Entrar em um espaço confinado requer mais do que conhecimento sobre os riscos, saber como agir em emergências pode salvar vidas. Os trabalhadores precisam ser preparados para situações como intoxicação por gases ou até quedas, e para isso, devem ter treinamento sobre o uso correto dos equipamentos de proteção individual (EPIs), como respiradores, capacetes e outros itens de segurança. Além disso, é importante que saibam os procedimentos de resgate e como proceder em casos de acidentes.
A gestão de permissões de entrada também é uma boa medida de controle. Antes de qualquer trabalhador acessar um espaço confinado, deve ser realizada uma avaliação detalhada do ambiente, para garantir que todos os riscos sejam identificados e mitigados. Apenas aqueles que foram treinados e têm permissão para entrar devem ser autorizados a acessar esses locais. Isso ajuda a proteger a equipe durante todo o processo.
Além disso, a instalação de equipamentos de segurança é uma necessidade. Dispositivos como cordas de resgate, iluminação de emergência, sensores de gases e sistemas de comunicação de emergência são fundamentais nesse processo. Caso ocorra uma emergência, a equipe pode agir rapidamente e de forma eficaz. A tecnologia pode ajudar, oferecendo monitoramento em tempo real e garantindo que a segurança seja mantida durante todo o processo.
Por último, revisões e auditorias regulares dos procedimentos de segurança são essenciais. As condições de trabalho podem mudar, novos processos podem ser introduzidos e, com isso, os riscos podem mudar. Realizar inspeções periódicas e revisar constantemente os protocolos de segurança assegura que a empresa esteja sempre à frente, identificando possíveis vulnerabilidades e corrigindo-as antes que se tornem um problema.
Exemplos práticos
Muitas indústrias alimentícias têm adotado com sucesso as diretrizes da NR 33 para a segurança dos trabalhadores em espaços confinados, e os resultados têm sido bem positivos.
Um bom exemplo vem de uma indústria de processamento de alimentos, que tinha tanques de armazenamento e sistemas de fermentação com risco de gás. Ao aplicar a NR 33, começaram a monitorar constantemente a qualidade do ar e instalaram sistemas de ventilação forçada para manter o ambiente seguro. Além disso, implementaram um programa de treinamento completo, fazendo com que todos os trabalhadores soubessem como entrar nesses espaços de maneira segura, usassem os EPIs corretamente e estivessem preparados para qualquer emergência.
O impacto? uma redução significativa nos acidentes, o que trouxe mais confiança para os funcionários e, como resultado, também aumentou a produtividade. E, claro, a empresa conseguiu evitar multas e melhorou sua reputação no mercado.
Outro exemplo vem de uma indústria de bebidas, que lidava com riscos em seus grandes tanques de fermentação e cisternas de líquidos. Antes de seguir as normas da NR 33, a empresa tinha problemas com treinamento inadequado e falta de equipamentos de segurança. Mas, depois que instalaram sensores de gás e começaram a treinar toda a equipe sobre como operar com segurança nesses espaços, o número de incidentes caiu bastante. O mais legal é que, além de mais segurança, os funcionários ficaram mais engajados, e a produção fluiu melhor, com menos atrasos e mais eficiência.
Nós podemos colaborar com a sua operação
Temos um papel importante na criação e implementação de programas de treinamento voltados para garantir a segurança dos trabalhadores, especialmente em contextos que exigem o cumprimento rigoroso de normativas regulatórias, como a NR 33. Nossa abordagem é focada em ajudar empresas a atenderem às exigências legais e a garantirem um ambiente de trabalho seguro e eficiente.
Uma das principais formas de parceria é através do desenvolvimento de programas de treinamento personalizados. Entendemos que cada empresa e cada setor possuem desafios específicos, especialmente nas indústrias alimentícias, onde os espaços confinados e os riscos associados podem variar. Por isso, oferecemos treinamentos teóricos e práticos, cobrindo desde o entendimento das normas regulatórias, como a NR 33, até o preparo dos trabalhadores para lidar com situações reais em espaços confinados.
Podemos criar materiais didáticos e dinâmicos, que tornam o aprendizado mais acessível e efetivo. Com a ajuda de simulações práticas, treinamentos de resgates de emergência e a utilização de tecnologia de ponta, podemos assegurar que os colaboradores sejam bem-preparados para qualquer situação. A parte prática é fundamental, pois é nela que os trabalhadores aprendem a aplicar os conhecimentos adquiridos de forma segura e eficaz.
Podemos, também, auxiliar na auditoria e avaliação contínua dos programas de treinamento. A segurança não é algo que se alcança apenas com a primeira rodada de treinamentos; é um processo contínuo. Realizamos revisões periódicas e treinamentos de reciclagem, para garantir que os trabalhadores se mantenham atualizados e preparados, atendendo a qualquer mudança nas regulamentações ou nos processos internos da empresa.
Além disso, podemos ajudar na integração do treinamento com a cultura organizacional da empresa, garantindo que todos os funcionários, desde a liderança até os operadores de chão de fábrica, se sintam engajados e responsáveis pela segurança no ambiente de trabalho.
Se você busca uma parceria sólida para garantir que sua empresa esteja totalmente alinhada às normativas de segurança e, ao mesmo tempo, promova um ambiente de trabalho mais seguro e eficiente, conte conosco.