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Gestão de riscos com terceiros em debate
O crescimento vertiginoso no número de processos trabalhistas, em especial envolvendo a responsabilidade subsidiária na contratação de trabalhadores terceirizados, está causando um grande impacto nas contas das empresas brasileiras. A Gestão de riscos com terceiros em debate!
Segundo levantamento recente publicado pelo jornal O Globo, 36 das maiores empresas de capital aberto do País tinham reservados, até março de 2012, R$ 24,9 bilhões para processos trabalhistas ainda em curso — um crescimento de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior.
E não são apenas as grandes companhias que estão vendo seus resultados financeiros serem afetados pelo volume crescente de indenizações.
Nas pequenas e médias empresas, que não conseguem fazer a provisão desses passivos, a situação é ainda mais grave.
Gestão de riscos com terceiros em debate
A questão se tornou tão relevante que foi tema da Conferência Gestão Integrada de Riscos, reunindo algumas das principais empresas do País, no final de fevereiro, em São Paulo. Como parte da programação oficial da conferência, Luciano Bezerra, sócio da Bernhoeft, realizou uma palestra mostrando como a gestão eficaz dos riscos no contrato com empresas terceirizadas pode ajudar a empresa a prevenir problemas. Ao final do post é possível acessar os slides utilizados na apresentação.
“Percebemos que a contingência trabalhista decorrente da responsabilidade subsidiária — quando a empresa contratante responde pelas obrigações não cumpridas pela terceirizada — chega a representar 70% do passivo trabalhista de algumas empresas”,
destaca Luciano. Os principais riscos estão associados ao descumprimento da legislação trabalhista das empresas terceirizadas e às fragilidades nos processos internos das empresas contratantes.
“Esse é um problema preocupante, que exige das empresas a adoção de tecnologia para prevenção, monitoramento e controle, sob pena de comprometer sua saúde financeira e competitividade.”
De acordo com Luciano, uma gestão adequada dos riscos envolve três etapas:
- mapeamento dos riscos;
- gestão de documentos e de informações;
- avaliação do cumprimento das obrigações trabalhistas e previdenciárias
Cada uma com uma série de procedimentos, checklists e rotinas internas capazes de identificar as vulnerabilidades e garantir o estrito cumprimento das obrigações legais.
Durante sua palestra, ele apresentou a metodologia adotada pela Bernhoeft, baseada no Ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act), e consolidada com o desenvolvimento do software Contract Web, que acompanha o cumprimento de todas as exigências pelas empresas terceirizadas e monitora as etapas do trabalho de gestão de risco, dando maior segurança às empresas contratantes.
“Em ambiente cada vez mais competitivo, as empresas não podem se dar ao luxo de alocar recursos que deveriam ser destinados a investimentos para saldar passivos trabalhistas ou previdenciários, ainda mais quando esses custos podem ser objeto de prevenção.”
Apresentação: