BLOG
Auditoria de Campo nas boas práticas de ESG
A auditoria de campo é um excelente instrumento na implementação e manutenção de boas práticas de ESG (Ambiental, Social e Governança) em empresas que atuam com a gestão de terceiros. Ela desempenha um papel importante ao permitir uma avaliação detalhada das operações terceirizadas, assegurando que estas estejam alinhadas com os princípios e objetivos relacionados à sustentabilidade, responsabilidade corporativa e socioambiental.
Em um contexto cada vez mais consciente e socialmente responsável, as práticas associadas ao ESG, tornam-se cada vez mais importantes para organizações que buscam, para além do sucesso financeiro, a criação de um valor sustentável a longo prazo.
No Brasil, a gestão de terceiros vem conquistando um papel de destaque na cadeia produtiva. A auditoria de campo, um de seus braços, surge como uma ferramenta capaz de combinar o alinhamento efetivo das operações terceirizadas com as boas práticas de ESG.
Existem algumas informações que é bacana saber logo nesse início. A auditoria de campo pode funcionar em algumas vertentes da ESG: ambiental, social e governança. São três partes que são fortemente impactadas por esse serviço.
No contexto ambiental, a auditoria de campo facilita a verificação da conformidade com regulamentações ambientais, avalia a eficiência no uso de recursos naturais e adota práticas ecoefici
O que é auditoria de campo?
Imagine ter um raio-x da sua empresa, revelando pontos fortes, fracos e oportunidades de crescimento? esse é o objetivo da auditoria de campo, uma avaliação completa e minuciosa, que vai além da análise documental: ela mergulha no dia a dia das suas operações, para trazer a realidade do trabalho.
Sendo assim, podemos dizer que a auditoria de campo é um estudo esmiuçado das suas atividades operacionais, processos e sistemas gerenciais, realizado por profissionais experientes que vão a campo observar de perto como tudo funciona. Essa avaliação vai além da conformidade com leis e normas, ela busca entender como a empresa realmente opera para, então, identificar oportunidades de melhoria.
A metodologia da auditoria de campo costuma variar conforme o tipo de análise pretendido, os objetivos específicos e as características da empresa. No entanto, algumas etapas comuns incluem:
1. Definição dos objetivos, do escopo de trabalho, da equipe e das ferramentas a que serão utilizadas;
2. Coleta de dados por meio de entrevistas, inspeções e análise de documentos;
3. Avaliação dos dados coletados e apontamento de falhas, riscos e melhorias;
4. Elaboração de relatório final com os resultados obtidos.
Em todas essas etapas, é possível usar listas de perguntas para guiar a coleta de dados, questionários para coletar informações de forma padronizada, entrevistas com os funcionários terceirizados, análise documental e softwares para gerenciar o processo.
entes de acordo com as diretrizes da legislação.
Partindo para um contexto social, a auditoria objetiva o respeito pleno aos direitos humanos, as perfeitas condições de trabalho e segurança dos colaboradores terceirizados. É parte da auditoria de campo avaliar as práticas de diversidade e inclusão, praticadas pela empresa, bem como a interação positiva com as comunidades locais.
Quando falamos em governança, a auditoria estuda a estrutura de governança corporativa nas empresas terceirizadas, entendendo como é feito o trabalho, assegurando transparência, prestação de contas e conformidade com a ética.
Um ponto importante que vale menciona é a responsabilidade com a cadeia de suprimentos. Certificar-se da origem sustentável e ética dos insumos utilizados, avaliar o impacto socioambiental causados ao longo da cadeia, é parte do trabalho da auditoria de campo, e ajuda a mitigar riscos e atestar o compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social.
ESG: O que é, boas práticas e reflexão.
ESG (Environmental, Social and Governance) é um conjunto de ações que contribuem para um futuro mais sustentável, responsável e ético. Esses três nomes representam os três pilares que devem ser considerados quando tratamos sobre o tema.
ESG é uma tendência global. Incorporar os seus princípios tornou-se parte da estratégia de diversas empresas. Mas é preciso pensar para além de uma moda passageira. A preocupação sobre questões ambientais, sociais e de governança é pauta diária mundo a fora e deve ser verdadeiramente encarada como uma poderosa ferramenta de transformação sustentável dentro das empresas.
Ir além da tendência significa adotar uma mentalidade a longo prazo, onde a responsabilidade corporativa não é apenas uma resposta às expectativas do mercado, mas uma parte inerente à cultura empresarial, parte de quem ela é.
São exemplos de boas práticas:
Ambiental:
– Reduzir o consumo de energia e água;
– Diminuir a geração de resíduos;
– Utilizar energia renovável;
– Investir em tecnologias limpas.
Social:
– Boas condições de trabalho;
– Promover a diversidade e inclusão;
– Investir na saúde e segurança dos colaboradores
Governança:
– Combater a corrupção;
– Ter um código de conduta claro e praticável;
– Adotar práticas de compliance;
– Ter um canal de denúncias.
Auditoria de Campo e ESG na Gestão Ambiental
A auditoria de campo, quando aplicada à gestão ambiental, funciona como uma ferramenta para avaliar e aprimorar o desempenho ambiental de operações terceirizadas. Isso contribui diretamente para a conformidade com padrões sustentáveis e para a construção de uma boa reputação.
Funciona, mais ou menos, como um mecanismo que visa a adesão às regulamentações ambientais, verificando se as práticas do trabalho correspondem às leis e normas relacionadas. Conduzindo auditorias nesse contexto, é possível assegurar que suas operações e as de seus parceiros terceirizados estejam em concordância.
Para exemplificar, podemos falar da eficiência energética. Ela é um ponto crítico avaliado durante a auditoria de campo. Ao analisar o consumo de energia nas operações, conseguimos identificar oportunidades de otimização e redução do impacto ambiental. Empresas que adotam práticas de gestão eficiente de energia não só diminuem os custos operacionais, como também atendem às expectativas dos investidores e acionistas em relação ao compromisso com a sustentabilidade.
A gestão de resíduos é outra área abordada pela auditoria de campo, dentro da Gestão Ambiental. A avaliação das práticas relacionadas à coleta, reciclagem e descarte de resíduos ajuda a minimizar impactos negativos no meio ambiente. Empresas que implementam políticas eficazes de gestão de resíduos, deixam sua contribuição positiva ecológica, e reforçam sua imagem como agentes responsáveis.
A incorporação de tecnologias sustentáveis é um aspecto crucial impulsionado pela auditoria de campo. Ela permite a avaliação da adoção de inovações que visam à sustentabilidade, como a implementação de fontes de energia renovável, sistemas de monitoramento ambiental avançados e tecnologias ecoeficientes. Empresas que integram tais práticas não apenas mitigam riscos ambientais, mas também se posicionam como líderes inovadores comprometidos com a preservação do meio ambiente.
Como realizar uma auditoria de campo visando as boas práticas de ESG
Realizar uma auditoria de campo que seja focada nas boas práticas de ESG, envolve uma abordagem em três vieses: ambiental, social e de governança. Inicialmente, é preciso estabelecer critérios claros e alinhados aos princípios ESG que a organização deseja seguir.
No âmbito social, a auditoria deve examinar políticas de diversidade, equidade e inclusão. Sem esquecer da saúde e segurança no trabalho e as iniciativas de responsabilidade social corporativa. Entrevistas com funcionários e visitas aos locais de operação são bons métodos para entender como as práticas sociais são implementadas.
A análise ambiental pode incluir a avaliação das práticas de gestão de resíduos, eficiência energética e impacto nas emissões de carbono. Como uma forma de mensurar, é possível realizar medições in loco e análises documentais.
A governança é avaliada por meio da análise da estrutura de liderança na empresa, a transparência nas divulgações financeiras, a conformidade legal e ética nos negócios. Revisão de documentos, entrevistas com membros da alta administração e análise de relatórios financeiros são os passos seguidos nesse processo.
Ao final da auditoria, deve-se apresentar relatórios destacando áreas de excelência e oportunidades para aprimoramento, bem como observações e análises pertinentes ao objetivo inicial. A implementação de ações corretivas e a criação de planos de melhoria contínua fazem parte do processo quando a empresa deseja se tornar um exemplo de liderança sustentável.
Frameworks da ESG
Como a ESG está se tornando, cada dia mais, uma característica que diferencia as empresas, ter ferramentas que conseguem medir as intenções do grupo no quesito sustentabilidade, estão se tornando mais conhecidas e acionáveis. Os padrões permitem comparar, de forma justa, os dados relatados e o comprometimento com o tema.
É nesse cenário que surgem os frameworks.
Os frameworks da ESG são ferramentas (que podem ser índices ou relatórios) que ajudam a informar os impactos ambientais, sociais e de governança para todo o mercado. São diretrizes, que podem ou não ser seguidas, como uma maneira de padronizar os relatos ESG.
São exemplos de frameworks:
GRI — Global Reporting Initiative
É uma organização internacional que ajuda as organizações a relatarem informações de sustentabilidade por meio de diretrizes para comunicação. Essa divulgação é feita através de um conjunto de dados organizados em um relatório público que pode conter os impactos econômicos, sociais e ambientais da empresa.
Seguir os padrões da GRI assegura uma divulgação completa e transparente, visto que seus modelos abrangem uma gama de tópicos ESG. Além disso, atesta a confiabilidade e a responsabilidade da empresa com a educação socioambiental corporativa.
SASB — Sustainability Accounting Standards Board
Os padrões da SASB são específicos para 77 setores da indústria. Eles focam em informações da ESG que podem ter um impacto material no desempenho financeiro da empresa, o que ajuda os investidores a tomar decisões baseada em dados.
A SASB é bem semelhante ao GRI. Enquanto a primeira concentra os esforços em tópicos de sustentabilidade que sejam financeiramente materiais, a GRI relata o impacto de uma empresa na economia, no meio ambiente e na sociedade.
Com a SASB, é possível a comparar empresas do mesmo setor, facilitando a análise de risco e retorno pelos investidores. É correto afirmar que O SASB liga os dados ESG aos resultados financeiros, ajudando as empresas a demonstrarem o valor da sustentabilidade para seu público.
TCFD — Task Force on Climate-related Financial Disclosures:
TCFD é uma iniciativa liderada pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) que visa auxiliar empresas a divulgar informações sobre os riscos e oportunidades relacionados às mudanças climáticas. A TCFD fornece um guia para a divulgação de informações financeiras relevantes para o clima, ajudando os investidores a avaliar os impactos das mudanças climáticas nas empresas.
A Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD) é uma iniciativa global, liderada pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) que tem o objetivo de abordar os riscos financeiros relacionados às mudanças climáticas.
Criada em 2015, a TCFD desenvolveu um conjunto de recomendações para que as empresas divulguem informações financeiras relacionadas ao clima. A importância dessa iniciativa na agenda ESG está ligada diretamente à crescente necessidade de considerar os riscos climáticos nas decisões de investimento e nas práticas da organização.
Ferramenta Bernhoeft
Aqui na Bernhoeft utilizamos um sistema que nos ajuda na implantação, monitoramento e feedbacks na Auditoria de Campo.
Com o sistema é possível visualizar indicadores em tempo real como dashboards personalizados, rankings comparativos, agendamentos de checklists. Além de monitoramento de processos, gestão de reincidências e acompanhamento de plano de ação.
Sabe o que é legal? Com nossa ferramenta, é possível reduzir o gasto de papel em até 80 mil folhas! Tudo a ver com a proposta da ESG.
Retrospectiva
Iniciamos abordando o conceito e importância da auditoria de campo, destacando seu papel como uma avaliação completa e detalhada das operações de uma empresa. Enfatiza que vai além da conformidade com leis e normas, buscando compreender como a empresa realmente opera e identificando oportunidades de melhoria. A metodologia da auditoria é brevemente descrita, destacando etapas comuns.
Na sequência, introduzimos o tema ESG (Environmental, Social and Governance), destacando sua relevância como um conjunto de ações para um futuro mais sustentável, responsável e ético. Destacamos que incorporar os princípios do ESG tornou-se parte da estratégia de diversas empresas e ressalta a importância de adotar uma mentalidade a longo prazo.
A relação entre a auditoria de campo e o ESG na gestão ambiental é discutida, frisando como a auditoria contribui para a conformidade com padrões sustentáveis e a construção de uma boa reputação. São citados exemplos de áreas abordadas pela auditoria de campo, como eficiência energética e gestão de resíduos.
A última seção do texto aborda como realizar uma auditoria de campo focada nas boas práticas de ESG. O texto reforça a importância de examinar critérios sociais, ambientais e de governança durante a auditoria. Além disso, enfatiza a necessidade de apresentar relatórios destacando áreas de excelência e oportunidades para aprimoramento.
A introdução dos frameworks ESG (GRI, SASB e TCFD) é realizada, explicando como essas ferramentas são essenciais para medir as intenções e o comprometimento das empresas com a sustentabilidade. Cada framework é apresentado com uma breve descrição de seu propósito e impacto.