Gestão de Terceiros

Alpinismo Industrial: Desafios e Segurança – O Papel Vital da Gestão de Terceiros

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O alpinismo industrial, uma atividade que envolve a escalada em estruturas verticais, como torres, chaminés e silos, é uma prática que tem desempenhado um papel fundamental em várias indústrias ao redor do mundo.  

No entanto, essa atividade não está isenta de riscos significativos. Quando é praticada por uma empresa terceirizada, a gestão de terceiros se apresenta como um instrumento importante para garantir a segurança dos trabalhadores envolvidos, através da fiscalização e supervisão dessa prática. 

Neste artigo, mergulharemos profundamente no mundo do alpinismo industrial, explorando não apenas o que é essa atividade, mas também os desafios que ela apresenta e como a gestão de terceiros pode ser a chave para mitigar riscos e garantir operações seguras e eficazes.  

Vamos aprofundar os aspectos cruciais que as empresas precisam considerar ao decidir se envolver nessa atividade. Continue lendo! 

 

Alpinismo industrial  

O alpinismo industrial, também conhecido como acesso por corda, é uma técnica especializada que permite aos trabalhadores acessarem áreas de difícil alcance, muitas vezes em alturas vertiginosas. Essa prática é comumente empregada em setores como construção, petróleo e gás, manutenção de infraestrutura e inspeção industrial. 

As tarefas realizadas por alpinistas industriais variam desde inspeções minuciosas e reparos complexos até a construção e instalação de estruturas de grande porte. A principal vantagem do alpinismo industrial é a capacidade de executar essas tarefas sem a necessidade de andaimes ou equipamentos de acesso tradicionais, o que economiza tempo e dinheiro e permite um acesso mais rápido e eficiente a áreas de difícil alcance. 

 

Riscos envolvidos no alpinismo industrial 

O alpinismo industrial, como mencionado anteriormente, é uma prática valiosa, mas que carrega consigo riscos significativos que não podem ser ignorados. Alguns dos principais riscos incluem: 

  • Quedas: 

Devido ao trabalho realizado em grandes alturas, as quedas são um dos riscos mais “imediatos” e graves. Mesmo com o uso de equipamentos de segurança, como arneses e cabos de segurança, o potencial para acidentes permanece, e uma queda pode resultar em lesões fatais ou graves. 

Para mitigar esse risco, os alpinistas industriais devem ser treinados extensivamente na operação e uso de equipamentos de segurança, bem como nas técnicas de escalada segura. Importante atentar-se para a NR-35 e suas exigências relacionadas a trabalhos em altura. Além disso, a inspeção frequente de todos os equipamentos de segurança é imperativa, e qualquer sinal de desgaste ou dano deve ser tratado imediatamente. 

  • Exposição a condições climáticas extremas: 

A exposição a condições climáticas adversas é uma realidade constante para os alpinistas industriais. Chuva, ventos fortes, temperaturas extremas e até tempestades podem surgir durante o trabalho, aumentando o risco à segurança. 

Para enfrentar esses desafios, é fundamental que os alpinistas industriais estejam equipados com roupas adequadas para proteção contra o clima, como trajes impermeáveis e roupas térmicas. Além disso, o planejamento cuidadoso das tarefas deve levar em consideração as condições meteorológicas previstas, permitindo que os trabalhadores se retirem temporariamente em situações de risco extremo. 

  • Fadiga: 

Trabalhar em alturas pode ser fisicamente e mentalmente exaustivo. A fadiga pode comprometer a concentração e levar a erros humanos, aumentando o potencial para acidentes. 

A gestão da fadiga é essencial. Os alpinistas industriais devem seguir rigorosamente os limites de tempo de trabalho e descanso, garantindo que estejam descansados ​​e alertas durante as operações. Além disso, a conscientização sobre os sinais de fadiga e a promoção de uma cultura de comunicação aberta para relatar fadiga são medidas preventivas importantes. 

  • Equipamentos de segurança defeituosos: 

Os equipamentos de segurança são a linha de vida dos alpinistas industriais. Falhas nesses equipamentos podem levar a acidentes graves ou fatais, tornando a manutenção adequada e a inspeção uma prioridade. 

Todos os equipamentos de segurança devem passar por manutenção regular e inspeções detalhadas. As empresas devem implementar um sistema de registro para rastrear a manutenção e garantir que os equipamentos estejam em perfeitas condições de funcionamento antes de cada uso. 

 

O papel da NR-35 

A NR-35, sigla para Norma Regulamentadora 35, é uma regulamentação específica estabelecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Ela trata da Segurança no Trabalho em Altura, fornecendo diretrizes e requisitos para garantir a segurança de trabalhadores que realizam atividades em altura, como é o caso do alpinismo industrial.  

A NR-35 é fundamental para a realização segura de alpinismo industrial por diversas razões: 

  • Padronização das práticas de segurança:  

A NR-35 estabelece um conjunto de orientações e procedimentos padronizados que devem ser seguidos por empresas e trabalhadores que atuam em altura. Isso ajuda a garantir que as práticas de segurança sejam consistentes em todo o setor e reduz o risco de acidentes. 

  • Treinamento e capacitação:  

A norma exige que os trabalhadores que realizam atividades em altura passem por treinamentos e capacitações específicas. Isso inclui o treinamento no uso correto de equipamentos de proteção individual (EPIs) e coletiva (EPCs), bem como o treinamento em técnicas de resgate em altura. Essa capacitação é essencial para que os trabalhadores estejam preparados para lidar com os desafios do alpinismo industrial. 

  • Responsabilidade das empresas:  

A NR-35 estabelece que as empresas que contratam serviços que envolvem trabalho em altura têm a responsabilidade de garantir a segurança de seus trabalhadores. Isso inclui a obrigação de fornecer os equipamentos adequados, treinamento apropriado e supervisionar as atividades em altura. 

  • Avaliação de riscos: 

A norma também exige que seja realizada uma avaliação de riscos antes de qualquer trabalho em altura. Isso permite identificar os perigos específicos associados a uma tarefa e tomar medidas para minimizar esses riscos. 

  • Procedimentos de emergência: 

A NR-35 estabelece procedimentos claros de resgate em altura. Isso é essencial, uma vez que em caso de acidente ou emergência, é necessário resgatar os trabalhadores de forma segura e eficaz. 

  • Fiscalização e auditorias: 

A norma prevê a importância de fiscalizações e auditorias regulares para garantir o cumprimento das diretrizes de segurança. Isso inclui a verificação dos equipamentos, das condições de trabalho e do treinamento dos trabalhadores. 

  • Prevenção de Acidentes 

A NR-35 visa prevenir acidentes e incidentes relacionados ao trabalho em altura. Ao seguir suas diretrizes, as empresas podem reduzir significativamente o risco de lesões graves ou fatais durante o alpinismo industrial. 

Como podemos ver, a NR-35 desempenha um papel crucial na segurança e na regulamentação das atividades de alpinismo industrial. Ela estabelece um conjunto de regras e procedimentos que ajudam a proteger a vida e a integridade dos trabalhadores que realizam tarefas em altura, garantindo que essas atividades sejam conduzidas com o máximo de segurança possível.  

Portanto, o cumprimento rigoroso da NR-35 é essencial para qualquer empresa ou trabalhador envolvido nesta atividade.

 

Quando as capacitações devem ser realizadas? 

A capacitação em alpinismo industrial deve ser fornecida antes que os trabalhadores realizem qualquer atividade envolvendo o acesso a alturas. A segurança é uma prioridade absoluta nesse campo, uma vez que os riscos envolvidos são substanciais. A capacitação deve ocorrer antes de qualquer trabalho real e ser atualizada conforme necessário para garantir que os trabalhadores estejam cientes das técnicas mais recentes e dos procedimentos de segurança.  

 

Níveis 1,2 e 3 do treinamento: entenda a diferença 

O treinamento em alpinismo industrial é frequentemente dividido em três níveis, cada um correspondendo a diferentes habilidades e competências: 

  • Nível 1: É o treinamento básico, onde os trabalhadores aprendem as noções fundamentais de segurança, técnicas de escalada, uso de equipamentos, procedimentos de emergência e primeiros socorros. O trabalhador capacitado nesse nível executa atividades limitadas. O trabalho sobre mar deve ser supervisionado por um profissional nível 3. Caso o trabalho seja sobre terra, a supervisão pode ser remota por um profissional nível 2 ou 3. 
  • Nível 2: Envolve um aprofundamento das habilidades aprendidas no Nível 1, com ênfase em tarefas mais complexas e condições adversas. O profissional realiza atividades e pode executar resgates sob supervisão de um profissional nível 3. Os trabalhos sobre mar ou sobre terra exigem supervisão de um profissional nível 3, podendo o trabalho sobre terra ter supervisão remota. 
  • Nível 3: Esse nível é para os trabalhadores mais experientes que precisam lidar com situações de risco avançado e tarefas mais desafiadoras. O profissional nesse nível é capacitado para assumir as responsabilidades de projetos de acesso por corda, supervisiona os profissionais níveis 1 e 2, possui conhecimento acerca de análise de risco e possui conhecimentos avançados de resgate e primeiros-socorros. 

 

O treinamento em Alpinismo Industrial substitui o treinamento em NR35? 

Como já exposto anteriormente, a NR 35 é uma norma regulamentadora no Brasil que estabelece os requisitos mínimos e medidas de proteção para o trabalho em altura. O treinamento em alpinismo industrial não substitui o treinamento em NR 35, na verdade, ambos são complementares.  

O treinamento em alpinismo industrial se concentra nas técnicas específicas de escalada e acesso a alturas, enquanto o treinamento em NR 35 abrange uma gama mais ampla de questões de segurança ao trabalhar em altura, incluindo planejamento, análise de risco, utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs) e procedimentos de emergência. 

 

A importância da gestão de terceiros 

A gestão de terceiros desempenha um papel vital na mitigação dos riscos associados ao alpinismo industrial. Ela pode estar envolvida na contratação de empresas que disponibilizam profissionais capacitados para realizar essa atividade, trazendo consigo uma série de vantagens que contribuem para a segurança e eficiência no local de trabalho.  

Além disso, a auditoria de campo desempenha um papel crucial na gestão de terceiros que verifica na prática um trabalho de alpinismo industrial. Ela oferece uma maneira sistemática e eficaz de avaliar a conformidade com as práticas de segurança e de garantir que todas as medidas de segurança estejam sendo rigorosamente seguidas. 

Para entender melhor, aqui estão alguns pontos que podemos destacar em que a gestão de terceiros pode contribuir: 

Seleção de empresas qualificadas: a gestão de terceiros facilita a contratação de empresas com as qualificações necessárias para realizar o trabalho. Isso inclui verificar a experiência, o treinamento e o histórico de segurança da empresa, garantindo que apenas os melhores profissionais sejam envolvidos. 

Avaliação prévia dos documentos dos trabalhadores: A gestão de terceiros realiza uma avaliação prévia dos documentos de saúde e segurança do trabalho tanto do trabalhador quanto da empresa, a fim de garantir que o trabalhador seja liberado para prestar o serviço somente quando tudo estiver em conformidade. Isso reduz os riscos de acidentes durante a execução do serviço. 

Monitoramento contínuo: A gestão de terceiros deve acompanhar de perto a conformidade com as normas e regulamentos que regem o alpinismo industrial. Isso inclui o controle de validade de documentos, treinamentos e capacitações, bem como a realização de inspeções regulares no local de trabalho, revisões de incidentes e muito mais. 

O alpinismo industrial é uma prática essencial em várias indústrias, oferecendo acesso a áreas de difícil alcance. No entanto, os riscos associados a essa atividade não podem ser subestimados. A gestão de terceiros desempenha um papel crucial na garantia de operações seguras, selecionando empresas qualificadas, fornecendo supervisão profissional, incentivando o treinamento adequado e realizando avaliações contínuas de riscos. 

Ao adotar uma abordagem responsável em relação ao alpinismo industrial e à gestão de terceiros, as empresas podem colher os benefícios dessa prática enquanto protegem a segurança e a integridade dos terceirizados. Afinal, a segurança nunca deve ser comprometida quando se trata de alpinismo industrial, e a gestão de terceiros desempenha um papel fundamental nesse compromisso com a segurança e a eficiência no local de trabalho. 

 

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