BLOG
O risco da contabilidade criativa
O termo já está virando moda. O Governo Federal tem recorrido a algumas manobras e subterfúgios para produzir números positivos, nem sempre condizentes com a realidade, em temas como o superávit fiscal.
Mas a contabilidade criativa não é “privilégio” do setor público. O excesso de criatividade nos balanços já é um velho conhecido também da iniciativa privada. A prática de contabilizar créditos podres como se fossem ativo líquido foi uma das causas da grande crise que, em 2008, afetou vários bancos.
Atualmente, não são poucas as empresas que ainda adotam essa prática, algumas com enormes passivos não contabilizados. Esses exemplos recentes, entretanto, mostram que a contabilidade criativa é um tiro no pé, uma bola de neve que, em algum momento irá causar grandes prejuízos.
A transparência e a credibilidade dos números contábeis são pré-requisitos básicos para um sistema financeiro saudável. Relatórios e balanços com excesso de criatividade põem em risco todo o sistema e o Governo deve estar atento para não cair nessa armadilha.