Guia Estratégico: Diferenças e Aspectos-Chave na Abertura de Filiais e Subsidiárias Brasileiras por Empresas Estrangeiras Expandir negócios para o Brasil é uma estratégia atrativa para empresas estrangeiras. No entanto, antes de iniciar operações no país, é essencial escolher entre abrir uma filial ou uma subsidiária. Ambas as opções possuem características distintas que impactam diretamente aspectos legais, operacionais, tributários e fiscais e aqui exploramos as principais diferenças e os fatores determinantes para essa decisão, detalhando também os pontos mais críticos que devem ser considerados no processo. O que é uma Filial? Uma filial é uma extensão direta da empresa estrangeira, sem personalidade jurídica própria. Isso significa que: Subordinação total à matriz: As operações da filial são totalmente controladas e dirigidas pela matriz no exterior. Responsabilidade da matriz: A matriz é responsável legal e financeiramente por todas as obrigações da filial, o que implica que não há limitação da responsabilidade financeira em relação à filial. Exigência de autorização governamental: Para operar no Brasil, a filial deve passar por um processo de registro e obtenção de autorização específica de órgãos governamentais, incluindo a Junta Comercial e a Receita Federal, além de estar sujeita à fiscalização da Autoridade de Imigração em caso de presença de estrangeiros. Vantagens da Filial: Maior controle da matriz sobre as operações locais: A matriz tem liberdade para alinhar as operações locais com a estratégia global, garantindo mais uniformidade nas práticas empresariais. Consolidação de resultados financeiros: As receitas e despesas da filial podem ser consolidadas diretamente na contabilidade da empresa estrangeira, o que pode simplificar a apuração de resultados globais. Facilidade na transferência de recursos: O fluxo de fundos entre a matriz e a filial pode ser mais simplificado. Desvantagens da Filial: Responsabilidade ilimitada da matriz: Em caso de problemas financeiros ou jurídicos, a matriz responde integralmente pelas dívidas e obrigações da filial, o que pode representar um risco maior. Complexidade no processo de autorização e registro: A abertura de uma filial pode ser mais burocrática, exigindo mais tempo para concluir os trâmites legais e regulatórios. O que é uma Subsidiária? Uma subsidiária é uma empresa brasileira com personalidade jurídica própria, cuja estrutura acionária pertence total ou parcialmente à empresa estrangeira. As características principais de uma subsidiária incluem: Independência operacional: A subsidiária pode operar com maior flexibilidade, seguindo os interesses locais e as peculiaridades do mercado brasileiro. Responsabilidade jurídica própria: Ao contrário da filial, a subsidiária tem responsabilidade legal e financeira própria, o que significa que a matriz não assume as dívidas da empresa brasileira, exceto em casos de investigações de fraude ou irregularidades. Processo de constituição simplificado: Não há necessidade de uma autorização prévia do governo brasileiro para a constituição da subsidiária, o que facilita e acelera a abertura da empresa. Vantagens da Subsidiária: Maior flexibilidade para adaptar-se ao mercado local: A subsidiária tem mais liberdade para tomar decisões estratégicas e ajustar-se rapidamente às demandas do mercado brasileiro. Limitação de responsabilidades financeiras: A responsabilidade da matriz estrangeira é limitada ao capital social investido na subsidiária, oferecendo maior proteção contra riscos financeiros. Benefícios fiscais locais: Em alguns casos, as subsidiárias podem se beneficiar de regimes tributários especiais, como o Simples Nacional ou incentivos fiscais específicos de estados ou municípios. Desvantagens da Subsidiária: Menor controle direto da matriz sobre as operações: A autonomia da subsidiária pode resultar em uma menor integração com as operações globais da matriz. Tributação local independente da matriz: A subsidiária está sujeita ao regime tributário brasileiro, o que pode envolver maior complexidade e custos em comparação com a tributação que a matriz enfrentaria em seu país de origem. Aspectos-Chave na Escolha entre Filial e Subsidiária Para decidir qual estrutura é mais vantajosa para a sua empresa, é necessário considerar vários fatores estratégicos, operacionais e fiscais. Aqui estão os principais pontos a serem analisados: Autonomia Operacional: Filial: Opera diretamente sob as diretrizes da matriz, com menos flexibilidade para adaptação ao mercado local. Subsidiária: Possui autonomia para tomar decisões operacionais e estratégicas, o que facilita a adaptação ao ambiente de negócios brasileiro e a resposta mais ágil às mudanças no mercado. Responsabilidade Legal e Fiscal: Filial: A matriz é responsável por todas as obrigações fiscais, trabalhistas e civis da filial, incluindo dívidas e passivos. Subsidiária: A responsabilidade da matriz é limitada ao capital investido, oferecendo maior proteção legal para a matriz em caso de problemas financeiros ou jurídicos. Processo de Constituição e Registro: Filial: O processo de abertura de uma filial é mais burocrático e exige uma série de autorizações e registros em órgãos governamentais. Pode ser mais demorado, dado que envolve a Receita Federal, a Junta Comercial e o Ministério da Economia. Subsidiária: O processo de abertura de uma subsidiária é mais ágil, com menos etapas burocráticas. Após a formalização do contrato social, a empresa pode iniciar suas atividades mais rapidamente. Tributação e Contabilidade: Filial: Está sujeita ao regime fiscal do país de origem da matriz, mas deve cumprir com as obrigações fiscais brasileiras, o que pode gerar desafios na apuração de impostos e conformidade fiscal. Subsidiária: Está sujeita às leis fiscais brasileiras, com possibilidade de acesso a incentivos fiscais específicos, mas com a complexidade de seguir as regras tributárias locais. Isso pode ser vantajoso ou desvantajoso dependendo do regime tributário escolhido. Implicações Trabalhistas e Contratuais: Filial: A filial deve observar a legislação trabalhista brasileira, mas a matriz pode ter mais controle sobre as políticas de recursos humanos. Subsidiária: Deve seguir as normas trabalhistas brasileiras, com a necessidade de contratar funcionários de acordo com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Além disso, é necessário considerar a questão do capital social e a participação dos sócios no contrato social, o que demanda mais cuidados legais. Considerações Finais A decisão entre abrir uma filial ou uma subsidiária no Brasil depende de diversos fatores, como o grau de controle desejado pela matriz, o tipo de operação no Brasil, e os aspectos fiscais e jurídicos envolvidos. Empresas que buscam controle direto e a integração com as operações globais podem preferir a filial, enquanto aquelas que buscam mais flexibilidade e proteção jurídica provavelmente optarão pela subsidiária. Independentemente da escolha, é essencial contar com suporte jurídico e contábil especializado para garantir conformidade com as leis brasileiras e otimizar a operação no país. A contratação de serviços de BPO (Business Process Outsourcing) contábil, tributário e de folha de pagamento também pode ser uma estratégia inteligente para garantir a eficiência e a conformidade em um ambiente fiscal complexo como o Brasil. Gostou deste conteúdo? Deixe seu comentário ou entre em contato para mais informações sobre internacionalização de negócios no Brasil!
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Reforma Tributária e Varejo: Como proteger suas margens e evitar surpresas A Reforma Tributária está chegando e, para o varejo, isso significa um novo jogo de regras. Como sua empresa vai se adaptar? O que muda na precificação e na gestão tributária? Sem um planejamento estratégico, os riscos podem ser altos, mas também surgem oportunidades para reduzir custos e aumentar a competitividade. Vamos explorar os principais impactos e como se preparar para essa nova realidade. O que muda na tributação do varejo? A reforma prevê mudanças significativas na forma como o varejo lida com tributos, incluindo: Fim do PIS, COFINS, ICMS e ISS → Entrada do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços); Imposto Seletivo (IS) → Taxa adicional para produtos prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente; Créditos tributários 100% compensáveis → Redução de cumulatividade e maior controle financeiro. Essa nova estrutura tributária vai impactar diretamente a forma como os produtos são precificados e a estratégia comercial das empresas do setor. Impacto na precificação: como proteger sua margem de lucro? Os varejistas precisarão rever sua política de precificação para se manterem competitivos. Três pontos fundamentais precisam ser considerados: Revisão de preços: Com o fim da cumulatividade, alguns produtos podem baratear, enquanto outros sofrerão aumento de carga tributária. Margem de lucro ajustada: A adaptação às novas alíquotas e ao Imposto Seletivo exige um planejamento detalhado para evitar perdas. Promoções estratégicas: Descontos e campanhas precisarão ser recalculados para manter a rentabilidade sem afetar a percepção de valor dos clientes. Pergunta para reflexão: Se hoje você repassa tributos no preço dos produtos, já calculou como essa estrutura vai mudar? Gestão de créditos tributários: o que sua empresa precisa fazer agora? A principal mudança na gestão tributária é a não cumulatividade plena do IBS e CBS, permitindo a compensação integral dos tributos pagos ao longo da cadeia produtiva. Algumas empresas possuem créditos tributários acumulados, principalmente de ICMS, e essas empresas precisam agir rapidamente, sob o risco de não conseguir utilizar estes créditos de forma imediata, pois a legislação prevê um período de 240 meses (20 anos) para o aproveitamento integral dos valores. Para empresas que operam em São Paulo, há uma vantagem significativa: o Estado já disponibiliza o e-CredAc, uma ferramenta que permite a antecipação desse processo. Com ela, é possível não apenas solicitar a homologação dos créditos, mas também buscar a restituição ou até mesmo a venda dos valores para outras empresas interessadas. Diante dessa realidade, postergar a regularização dos créditos acumulados pode resultar em dificuldades de caixa no futuro e na perda da oportunidade de otimizar o capital de giro antes das novas regras entrarem em vigor. As empresas devem se organizar o quanto antes para evitar perdas financeiras e maximizar os benefícios do crédito tributário dentro do novo sistema fiscal. Desafios e oportunidades: como se destacar no novo mercado? A Reforma Tributária traz desafios, mas também cria oportunidades para empresas bem preparadas. Antes de facilitar a vida das empresas, no entanto, a transição pode gerar dificuldades operacionais significativas. Durante o período de transição, os dois modelos tributários rodarão em paralelo, exigindo das empresas investimentos em tecnologia, capacitação da equipe e até mesmo a contratação de serviços especializados, como BPO, para garantir conformidade e eficiência. Equipes internas, que já enfrentam desafios com o modelo atual, precisarão de reforços para atender às novas exigências sem comprometer a operação. Para transformar esses desafios em vantagens estratégicas, as empresas precisam agir desde já e realizar estudos detalhados sobre os impactos da reforma. Algumas ações essenciais incluem: Mapeamento do impacto da reforma em relação aos processos atuais da empresa. Criação de um comitê estratégico interno, auxiliando na gestão do projeto de adequação. Planejamento e avaliação de aderência dos processos à nova legislação. Avaliação do efeito tributário no negócio, comparando o cenário atual (as is) com o novo cenário tributário (to be). Acompanhamento do plano de ação, garantindo uma transição segura e eficiente. O sucesso no novo cenário tributário dependerá da capacidade de adaptação e planejamento estratégico. Empresas que se preparam desde já para lidar com os desafios da transição estarão mais bem posicionadas para colher os benefícios da Reforma Tributária: Redução da carga tributária sobre determinados produtos, tornando-os mais acessíveis para o consumidor. Maior transparência e simplificação fiscal, reduzindo custos operacionais com burocracia tributária no longo prazo. Aumento da competitividade, permitindo que empresas que se anteciparem saiam na frente. Conclusão: sua empresa está preparada? A nova Reforma Tributária impactará diretamente o setor varejista, tornando essencial uma estratégia de adaptação bem definida. A revisão da precificação e a gestão eficiente dos créditos tributários serão determinantes para a sustentabilidade financeira e a competitividade das empresas no mercado. Quer entender melhor como otimizar sua precificação e aproveitar os créditos tributários ao máximo? Fale com nossos especialistas e prepare sua empresa para o futuro!
SAIBA MAISContabilidade Societária e Reforma Tributária: Impactos e Ajustes Necessários A contabilidade societária desempenha um papel essencial na gestão das empresas, refletindo sua realidade econômica e financeira. Com a reforma tributária em curso no Brasil, entender as mudanças e seus impactos na contabilidade tornou-se fundamental para manter a saúde financeira e a competitividade dos negócios. Diferença entre Contabilidade Societária e Contabilidade Fiscal A contabilidade societária segue princípios contábeis que buscam refletir a real situação financeira da empresa, enquanto a contabilidade fiscal está voltada ao cumprimento das obrigações tributárias. Com a reforma tributária e a unificação de tributos como PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI no IVA (Imposto sobre Valor Agregado), é essencial entender como essa distinção impactará as empresas. A contabilidade societária manterá a metodologia do regime de competência para evidenciar os resultados econômicos. A contabilidade fiscal precisará ser ajustada para refletir as novas regras de tributação e apuração do IVA. Nesse caso, a contabilidade societária precisará garantir que receitas e despesas sejam reconhecidas no período em que forem geradas, independentemente do momento da emissão da nota fiscal ou do pagamento. Isso assegura que os demonstrativos financeiros reflitam a realidade econômica da empresa. Por outro lado, a contabilidade fiscal continuará seguindo critérios distintos para o reconhecimento das obrigações tributárias. Como o IVA será exigido com base em eventos específicos, como a emissão da nota fiscal, as empresas precisarão estruturar seus controles para evitar descasamentos entre o reconhecimento contábil da receita e o momento do recolhimento dos tributos. Isso implica um desafio adicional para negócios que operam com contratos de longo prazo e projetos que seguem o método PoC (Percentage of Completion). As empresas deverão alinhar esses dois aspectos para evitar divergências entre o que é reconhecido contabilmente e o que será exigido pelo Fisco, além de garantir conformidade no cálculo dos tributos, nas declarações acessórias e minimizar riscos fiscais. Para isso, será essencial revisar processos internos, atualizar sistemas contábeis e fiscais e contar com uma estratégia de compliance tributário robusta. Reconhecimento de Receita e o Impacto do PoC O Percentage of Completion (PoC) é amplamente utilizado para contratos de longo prazo, permitindo o reconhecimento da receita conforme o avanço da execução do projeto, independentemente da emissão da nota fiscal. A reforma tributária pode intensificar desafios na conciliação entre o reconhecimento contábil da receita e a tributação efetiva, exigindo novas estratégias de alinhamento entre contabilidade e fiscal. Notas fiscais emitidas em meses subsequentes: Atualmente, há empresas que recolhem o ISS, o PIS e a Cofins apenas após a emissão da nota fiscal, o que contraria o princípio contábil da competência, que reconhece a receita conforme o avanço do projeto. Esse descasamento pode gerar passivos fiscais inesperados ou questionamentos do Fisco sobre a correta apuração dos tributos. Será necessário um novo mecanismo para permitir o recolhimento de tributos antes da emissão da nota fiscal? O governo oferecerá flexibilidade para essa adequação? Registro dos tributos e declarações acessórias: Hoje, a emissão da nota fiscal é um pré-requisito para a geração de guias de recolhimento com o de ISS e ICMS. Se o novo sistema tributário seguir essa lógica, as empresas que utilizam o PoC podem enfrentar dificuldades operacionais para garantir a conformidade fiscal. Será exigido um ajuste nos sistemas de ERP e na escrituração contábil e fiscal, permitindo uma separação clara entre a obrigação contábil da receita e o pagamento dos tributos? Impacto na conformidade fiscal e auditorias: Empresas que adotam o PoC precisarão revisar seus controles internos e processos de compliance para garantir que os valores declarados ao Fisco estejam alinhados à metodologia contábil adotada. Essa transição pode exigir negociações com os órgãos reguladores e ajustes nas políticas fiscais para evitar riscos de autuações ou penalidades. A transição para o novo sistema tributário exigirá um alinhamento criterioso entre contabilidade e fiscal, com monitoramento constante das regulamentações para evitar riscos de descasamento entre a receita contabilizada e a obrigação tributária. Empresas que anteciparem essa adaptação e estruturarem corretamente seus processos terão vantagem competitiva na conformidade e planejamento tributário. Elaboração das Declarações Acessórias Com a reforma tributária, a forma de apuração e declaração dos tributos também será impactada, exigindo adaptações por parte das empresas. Atualmente, o cumprimento das obrigações acessórias envolve: Emissão de notas fiscais para gerar guias de pagamento de ISS e ICMS. Escrituração em múltiplos sistemas para atender a regras estaduais e municipais distintas. Declaração do PIS e da Cofins na EFD Contribuições, geralmente vinculada à emissão da nota fiscal. Com a chegada do IVA, surgem novos desafios: Apuração e recolhimento dos tributos sem a emissão da NF: Se a receita for reconhecida antecipadamente pelo método Percentage of Completion (PoC), como será feita a tributação? O IVA Federal e o IVA Estadual/Municipal poderão ser recolhidos no momento do reconhecimento contábil da receita, ou somente na emissão da nota fiscal? Emissão de guias antes da nota fiscal: Hoje, sem a NF, não é possível gerar as guias de ISS e ICMS. O governo permitirá uma flexibilização no novo sistema para evitar o descasamento entre reconhecimento contábil e pagamento dos tributos? Adequação da EFD Contribuições para evitar bitributação: Se uma empresa tributar o PIS e a Cofins no reconhecimento da receita e novamente na emissão da NF, poderá haver pagamento duplicado. Será criado um campo específico na escrituração digital para ajustes e compensações? Como será feita a diferenciação entre o que já foi tributado e o que ainda será devido? Essas mudanças exigem que as empresas reavaliem seus processos de compliance e se preparem para novas regras de escrituração digital, garantindo o correto envio das informações ao Fisco e evitando riscos de autuações ou pagamentos indevidos. Impactos na Contabilização de Receitas de Longo Prazo Empresas que operam com contratos de longo prazo – como construtoras, prestadoras de serviços e indústrias – enfrentam um cenário desafiador com a reforma tributária. A adoção do IVA traz mudanças estruturais que podem afetar diretamente o fluxo de caixa, a previsibilidade tributária e a margem de lucro dos contratos em andamento. Algumas questões críticas que devem ser analisadas: Mudanças na incidência dos tributos ao longo do contrato: Hoje, a tributação ocorre geralmente na emissão da nota fiscal. Com o IVA, haverá exigência de recolhimento já no reconhecimento contábil da receita? Como será o impacto nos contratos plurianuais? Reconhecimento da receita na contabilidade societária vs. tributação pelo Fisco: Empresas que utilizam o Percentage of Completion (PoC) podem enfrentar descasamentos entre a receita contabilizada e a exigência de pagamento do tributo. O IVA poderá gerar novos critérios para determinar quando um serviço ou obra será considerado “prestado” para fins de tributação? Impacto no planejamento financeiro e previsibilidade tributária: Se os tributos forem exigidos antes da emissão da nota fiscal, haverá um impacto direto no fluxo de caixa das empresas, que precisarão antecipar pagamentos sem necessariamente terem recebido dos clientes. Como mitigar esse efeito? A necessidade de ajustes na gestão contábil e fiscal: Empresas que não se prepararem correm o risco de pagar tributos indevidamente, sofrer autuações por erros na escrituração e comprometer sua margem de lucro. A complexidade dessa transição exige mais do que um simples ajuste na apuração de impostos – ela demanda uma contabilidade que compreenda os impactos da reforma e consiga adaptar processos, garantir conformidade e evitar riscos financeiros. Contar com um parceiro que tenha expertise na gestão contábil e fiscal dentro do novo regime tributário será um diferencial competitivo para empresas que desejam atravessar essa mudança sem surpresas desagradáveis. Conclusão A reforma tributária trará desafios significativos para a contabilidade societária, exigindo ajustes nos processos de reconhecimento de receita, apuração de tributos e elaboração das obrigações acessórias. Empresas que lidam com contratos de longo prazo e utilizam o PoC devem se preparar para novas regras que podem impactar o fluxo de caixa e o planejamento tributário. A adaptação à nova legislação será fundamental para garantir a conformidade fiscal e evitar riscos operacionais. Contar com especialistas contábeis e tributários será um diferencial competitivo para empresas que desejam se manter preparadas para esse novo cenário. Sua empresa está pronta para as mudanças? Compartilhe esse artigo e ajude outros gestores a entenderem os impactos da reforma tributária!
SAIBA MAISFusões e aquisições são movimentos estratégicos com potencial para transformar significativamente a estrutura, os resultados e a presença de uma empresa no mercado. Contudo, o sucesso dessas operações não depende apenas de uma boa negociação de valores e sinergias projetadas, o real desafio está nos riscos ocultos, entre eles, os trabalhistas. A experiência mostra que a negligência quanto ao passivo trabalhista pode resultar em prejuízos substanciais, muitas vezes identificados apenas após a conclusão do negócio. Por isso, uma análise criteriosa é tão essencial quanto uma auditoria contábil ou financeira. Assumir uma empresa é assumir também sua história, seus compromissos e suas contingências. Onde estão os riscos trabalhistas em processos de fusões e aquisições? Os riscos trabalhistas estão presentes em diferentes frentes e nem sempre aparecem de forma evidente na documentação da empresa-alvo. Eles podem incluir: Processos judiciais em curso, com valores provisionados abaixo da realidade; Acordos coletivos descumpridos, que geram direito a ações individuais e coletivas; Funcionários terceirizados em condições irregulares; Classificação contratual inadequada (ex: PJs exercendo funções de empregados); Registros de ponto inconsistentes e jornadas extrapoladas; Ambientes insalubres ou perigosos sem devida compensação. Tais aspectos podem indicar, por si só, o nível de maturidade da empresa quanto à gestão de pessoas e conformidade legal. E mais: seu potencial de gerar demandas judiciais futuras. O que é due diligence trabalhista e qual o papel dos cálculos judiciais A due diligence, que significa diligência prévia ou investigação detalhada antes da tomada de decisão, é a espinha dorsal da segurança em qualquer processo de fusão ou aquisição. No âmbito trabalhista, ela vai muito além da leitura de contratos e revisão de folhas de pagamento. Ela deve considerar: A análise detalhada de cada processo judicial ativo; A qualidade dos provisionamentos realizados pela empresa; A existência de contingências não registradas oficialmente; A revisão técnica dos cálculos judiciais em curso. Os cálculos trabalhistas permitem verificar se os valores que constam nos processos estão coerentes com a jurisprudência atual e com a legislação vigente. Além disso, viabilizam projeções futuras, fundamentais para estimar o impacto de uma eventual condenação. São também instrumentos de negociação: valores bem justificados têm mais força para sustentar ajustes no preço do negócio ou em garantias. O impacto direto na avaliação do negócio Uma empresa com diversos processos em fase de execução pode ter seu valor de mercado reduzido drasticamente caso os cálculos não sejam precisos. A diferença entre um passivo estimado e um passivo revisado pode representar milhões, e mudar o rumo de uma negociação. Imagine uma operação de aquisição em que se estima R$ 10 milhões em risco trabalhista. Uma análise especializada pode demonstrar que o valor correto é de R$ 5,8 milhões, por erros de premissas, aplicação de juros inadequados ou duplicidade em verbas. Essa diferença impacta não apenas no preço da aquisição, mas na capacidade de negociação de garantias e ajustes. E mais: a correta identificação desses riscos ajuda o comprador a decidir sobre retenção de valores, renegociação de condições ou mesmo desistência da operação. São decisões que exigem segurança técnica e previsão orçamentária confiável. Como estruturar uma análise eficiente? Para que a análise trabalhista seja realmente eficaz em processos de fusões e aquisições, é importante adotar uma abordagem multidisciplinar. Veja alguns pontos fundamentais: Mapeamento de passivos: identificando processos, valores provisionados e nível de risco; Revisão de contratos e obrigações trabalhistas vigentes; Consulta a dados internos de RH: controle de ponto, políticas internas, relatórios de afastamento; Cálculos judiciais revisados por equipe especializada; Estudos de impacto financeiro em cenários diversos. A integração dessas frentes possibilita a formação de um panorama realista do risco trabalhista e suas consequências. Também permite maior agilidade na identificação de problemas e melhor capacidade de resposta. Fusões e aquisições exigem muito mais do que uma estratégia comercial e visão de mercado. Exigem visão de risco, conhecimento regulatório e, acima de tudo, dados concretos sobre a situação trabalhista da empresa-alvo. Ao integrar a análise de cálculos judiciais à due diligence trabalhista, é possível proteger o investimento e evitar que problemas ocultos se tornem prejuízos futuros. Mais do que evitar surpresas, essa análise detalhada permite tomar decisões com mais segurança, consistência e previsibilidade. Para quem lidera processos de fusões e aquisições, a pergunta deixa de ser se há riscos ocultos, e passa a ser: quão bem eles estão mapeados? Quer entender como os cálculos judiciais podem fortalecer suas decisões em processos de fusões e aquisições? Fale conosco e descubra como podemos apoiar sua empresa com uma análise técnica, precisa e estratégica do passivo trabalhista.
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