Gestão de Terceiros

A importância da Gestão de Riscos

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É crescente a preocupação dos gestores com os riscos envolvidos em cada decisão e na condução da estratégia do negócio. Por exemplo: quais riscos a empresa está sujeita se mudar seu sistema ERP ou seus processos internos? Ou se aplicar suas reservas em fundos de investimentos? Ou, ainda, se realizar uma parada na linha de produção para manutenção? Essas questões, comuns a empresas de qualquer porte ou área de atuação, precisam ser tratadas de forma eficaz, do ponto de vista da gestão de riscos.

“Identificar, classificar corretamente e tentar minimizar esses riscos é uma atitude essencial para evitar problemas que venham a afetar a competitividade da empresa”, orienta o consultor Luciano Bezerra, da Bernhoeft. “O gestor precisa avaliar que áreas, atividades, processos, operações internas e/ou externas estão sujeitas a riscos e quais desses riscos podem resultar em impactos financeiros relevantes e diretos ao negócio.” Nesta entrevista, ele fala mais sobre o tema.

Os gestores costumam perceber os riscos inerentes ao negócio?
Em muitos casos, não. Essas questões não são vistas e passam despercebidas, porque o foco do gestor e o da empresa normalmente estão voltados para novos negócios, prospecção, faturamento e resultados positivos.

Como esses riscos podem ser identificados, evitando transtornos futuros?
Uma prática bastante eficiente, que vem sendo difundida principalmente em grandes organizações nacionais e internacionais, é a Gestão de Riscos. Trata-se de um processo que visa mapear os principais riscos que ameaçam a empresa. Resumidamente, o processo envolve as seguintes fases: (1) Autoconhecimento; (2) Identificação dos riscos; (3) Classificação dos riscos; (4) Definição das ações; e (5) Monitoramento contínuo (ver imagem 1).

Como se dá esse processo?
O primeiro passo é a diretoria e seus gestores “conhecerem a empresa”, ou seja, suas áreas, seus processos, seus subprocessos e suas atividades. Em seguida, devem-se identificar possíveis riscos inerentes às operações. Identificados os riscos, é hora de classificá-los quanto ao impacto e à probabilidade de ocorrerem (ver imagem 2). Com base nas classificações, é hora de estabelecer ações para mitigar os riscos altos, minimizar os riscos médios e acompanhar os riscos baixos. Por fim, devem-se monitorar continuamente os resultados das implementações das ações previamente definidas.

Quem deve participar do trabalho de Gestão de Riscos?
É fundamental que em todo o processo de Gestão de Riscos haja o envolvimento de todos os níveis hierárquicos da empresa, desde a etapa do autoconhecimento até a do monitoramento contínuo.

Que empresa pode adotar essa ferramenta?
A Gestão de Riscos pode ser aplicada em empresas de diversos tipos, independentemente de seu porte. Em grandes empresas, o processo é conduzido pela área de auditoria interna ou, em alguns casos, por uma empresa especializada na prestação de serviços dessa natureza.

Como avaliar a necessidade de implantar uma Gestão de Riscos na empresa?
Uma forma prática é a realização da primeira etapa do processo, que é o autoconhecimento de suas áreas internas, incluindo os seus processos e subprocessos. Esse autoconhecimento pode ser feito por meio de pesquisas objetivas com os gestores das respectivas áreas e com os seus subordinados, com o objetivo de avaliar a percepção da equipe sobre os possíveis riscos e seus impactos e suas probabilidades.


(imagem 1)


(imagem 2)