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Abril verde: 10 ações para a sua empresa promover saúde e segurança o ano inteiro
O que é o Abril Verde?
Para as áreas de saúde e segurança, Abril é o mês conhecido como “Abril Verde”. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu o dia 28 como o Dia Mundial da Segurança e da Saúde no Trabalho. A oficialização no Brasil através da Lei 11.121/2005, que estabeleceu esta data também como Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, visando promover a conscientização sobre a importância deste dia.
O panorama atual da saúde é segurança do trabalho
O Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT) traz sempre dados relevantes sobre a Saúde e Segurança dos trabalhadores no Brasil. Quando levantada a quantidade de acidentes do trabalho, por situação do registro e motivo, segundo a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) do ano de 2020, obtém-se o total de 445.814 acidentes de trabalho. Se dividido pelos 365 dias do ano, esse valor equivale a 1.222 acidentes por dia.
A situação é ainda mais alarmante se esta média for acrescida dos dados de acidentes ocorridos em 2018 e 2019: A quantidade nos dois anos anteriores é ainda maior, ultrapassando a marca de meio milhão a cada ano. A diminuição de acidentes de trabalho em 2020 se justifica pela pandemia, onde muitas atividades passaram a ser realizadas de maneira remota e com isso alguns riscos foram atenuados.
Por isso é extremamente importante que a saúde e segurança do trabalho sejam promovidas ao longo de todo o ano, e que o mês de abril seja utilizado como o reforço de uma cultura prevencionista.
A seguir, você aprenderá algumas estratégias essenciais para fortalecer essa cultura:
1 – Realize os Diálogos Diários de Segurança (DDS)
Estes diálogos têm a proposta de ocorrerem no início de cada turno de trabalho, sendo debatido um tema por dia – de maneira breve, no máximo 15 minutos – e que estejam relacionados com os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e também com as boas práticas de saúde, segurança e higiene ocupacional. É interessante que os DDS que serão realizados ao longo da semana sejam programados previamente e divulgados para todos da empresa por meio de um material atrativo.
Dica: Cada setor realiza o seu momento de DDS. Dê o protagonismo aos funcionários. É interessante que exista rodízio de trabalhadores do setor se responsabilizando por guiar este momento com os colegas.
2 – Avalie a ergonomia do ambiente
A ergonomia deve ser cuidadosamente pensada para que o trabalhador tenha conforto no trabalho: Temperatura do ambiente, postura corporal, ferramentas e equipamentos de trabalho, sobrecarga mental, iluminação e diversos outros fatores devem ser avaliados. Caso seja identificado que a ergonomia está comprometida, deve ser elaborado um plano de ação com iniciativas de intervenção; assim o trabalhador conseguirá desempenhar sua função de maneira adequada.
3 – Realize a Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (SIPAT)
A SIPAT é prevista na NR 05 como uma atribuição da CIPA em conjunto com o SESMT e cargos de chefia. É uma semana para engajar os trabalhadores através de palestras, debates, gincanas, dinâmicas e materiais informativos sobre diversas questões que envolvem a segurança do trabalhador. Preferencialmente, este é um momento de “quebra da rotina” onde o conhecimento e conscientização serão abordados de uma forma leve e interessante.
4 – Forneça capacitação periódica
Não só por ser uma obrigação prevista em lei, a capacitação periódica é essencial para a reciclagem do trabalhador como forma de reforçar o conhecimento e as boas práticas que o manterão seguro durante as suas atividades profissionais. Esse investimento também é bem visto pela equipe, que se sente valorizada pela organização.
5 – Forneça EPI adequado e estabeleça prazo de troca
O prazo de troca do EPI deve ser levado muito a sério, mesmo quando o Equipamento tem validade indeterminada. Esse assunto já foi tratado de maneira mais detalhada em outro artigo aqui no blog. Fato é que um EPI adequado irá ser um dos fatores que reforçarão a segurança do trabalhador e a troca periódica irá garantir que esta medida se mantenha eficaz.
6 – Faça campanhas de vacinação
Entre em contato com a prefeitura da sua região pedindo o apoio do SUS, ou contrate fornecedores para vacinar os colaboradores. Esta ação é importante para seguir o calendário de vacinação local e também para auxiliar no combate a riscos específicos da atividade que o trabalhador desempenha.
7 – Programe palestras de conscientização
Esta medida irá proporcionar um processo contínuo de sensibilização e amadurecimento da equipe. É interessante que pessoas de fora da organização, mas que possuam conhecimento sobre o tema, sejam convidadas. Além de especialistas, é válido que sejam chamados também profissionais que sejam referência mas atuem na mesma área/cargo dos trabalhadores; isso faz com que a audiência perceba essa figura de autoridade como “um dos nossos”, alguém em quem se espelhar. Essa conexão é uma arma poderosa de engajamento.
8 – Incentive o reporte de desvios e incidentes
O trabalhador deve ser o seu maior aliado na identificação de situações de risco e de pontos de melhoria, afinal é ele que está cotidianamente exposto aos desafios que irão impactar na execução da atividade. Uma metodologia eficaz é estimular o trabalhador a reportar estas situações e até mesmo oferecer premiações para aqueles que mais contribuírem.
Dica: Crie panfletos que tenham área de preenchimento para que o trabalhador possa informar seu nome; data e hora; situação identificada; e sugestão de melhoria. Distribua-os em locais estratégicos da sua planta. Todos os dias verifique se há novos preenchimentos e tome iniciativas para correção.
9 – Execute os programas relacionados à saúde, segurança e bem-estar no trabalho
Sabemos que há diversas leis, Normas Regulamentadoras, Normas técnicas e Normas de Higiene Ocupacional que orientam sobre a elaboração de programas que visam o monitoramento das condições de saúde e segurança dos trabalhadores. Porém não adianta elaborar o programa e não se planejar para executar as iniciativas recomendadas.
Para além do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), há outros programas que podem ter aplicação benéfica para a cultura organizacional, tais como: Programa de Proteção Auditiva (PCA), Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), Programa de Proteção Respiratória (PPR), entre outros. Utilize estes documentos a seu favor para fortalecer as iniciativas prevencionistas.
Dica: Para que o trabalhador tenha o conhecimento necessário e possa ter papel ativo na execução, espalhe cópias dos programas pela empresa para que ele tenha livre acesso a estes documentos (conforme previsto em normas e leis).
10 – Alinhe a cultura da empresa com a saúde e segurança do trabalho
Somos seres sociais e por isso sempre nos moldamos ao grupo no qual estamos inseridos. Isso também se aplica ao ambiente de trabalho. Uma cultura prevencionista forte deve partir da alta gestão e se ramificar aos líderes e demais profissionais da empresa através do exemplo.
A velha frase “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” se aplicada no ambiente corporativo – onde ideias e atitudes devem estar coerentes com o que a empresa deseja – tende a enfraquece-lo.
Aqui a sua segurança é o nosso core business. Somos a maior empresa de Gestão de Terceiros do Brasil, pioneira na Prevenção de Riscos Trabalhistas e Gestão de Riscos com Terceiros. Realizamos desde 2003 uma minuciosa avaliação dos riscos envolvidos na relação entre empresas tomadoras e prestadoras de serviços.
Se entender que precisa de apoio nesse sentido, entre em contato conosco.
Autor: Elayne Santana | Analista de Qualidade