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ISO 31000: Conheça a Norma Internacional para Gestão de Riscos

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ISO 31000

A gestão de riscos é uma das atividades mais importantes para qualquer organização, a identificação, avaliação e gerenciamento de riscos são fundamentais para garantir a continuidade dos negócios, proteger os ativos e alcançar os objetivos estratégicos. Para ajudar as organizações nesse processo, a ISO desenvolveu a norma ISO 31000, que fornece diretrizes para a gestão de riscos em todas as áreas de atividade de uma organização. Neste blog, vamos explorar os principais aspectos da norma ISO 31.000, seus princípios, importância e vantagens na implementação. Vamos começar? Boa leitura!

 

O que significa ISO?

ISO (sigla para International Organization for Standardization, ou Organização Internacional para Padronização no nosso português) nada mais é que uma série de normas criadas para padronizar em nível internacional processos, condutas e sistemas em empresas, entidades públicas e quaisquer outros tipos de organizações. No Brasil, a ISO está relacionada com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que também normatiza as questões, mas em nível nacional.

Existem diversas séries de normas visando a padronização de processos, como por exemplo a mais famosa, ISO 9000, que visa a padronização da gestão da qualidade, além da série 45000 e 14000, que padronizam a sistema de gestão de saúde e segurança ocupacional e o sistema de gestão ambiental, respectivamente. No artigo de hoje, falaremos mais especificamente sobre a série ISO 31000:2018, o Sistema de Gestão de Riscos.

 

O que é a Gestão de Riscos conforme a norma ISO 31000?

Segundo a própria ISO 31.000, a gestão de riscos pode se definir como “Atividades coordenadas para dirigir e controlar uma organização no que se refere a riscos”, assim como ela define risco como “efeito da incerteza nos objetivos”. A gestão de riscos envolve a identificação sistemática de riscos potenciais, bem como a implementação de medidas preventivas e de mitigação para minimizar a probabilidade de ocorrência desses riscos. Ao adotar a gestão de riscos conforme a norma ISO 31.000, as empresas podem aumentar a transparência, melhorar a tomada de decisões e proteger a reputação e os ativos da organização.

 

Princípios Básicos

A norma, apesar de precisar se personalizar conforme a necessidade de cada organização, segue alguns princípios básicos para o seu funcionamento pleno. São eles:

  1. Integração: a gestão dos riscos não é um processo autônomo e independente. Ele deve levar em consideração todas as atividades e processos da organização;
  2. Estrutura e Abrangência: as informações obtidas pela gestão de riscos devem ser abrangentes e bem estruturadas para gerar bons resultados;
  3. Personalização: a gestão de riscos deve ser personalizada conforme as particularidades, processos e objetivos de cada organização;
  4. Inclusão: todas as partes envolvidas devem ser incluídas nas práticas de gestão de riscos;
  5. Dinamismo: o sistema deve ser flexível e adaptável para mudanças caso necessário;
  6. Melhor informação: todas as informações do processo devem possuir a melhor qualidade possível, visando a eficácia do produto final;
  7. Melhoria contínua: o processo da gestão de riscos deve ser sempre avaliado, verificando suas falhas e trabalhando para a sua otimização.

 

Qual a importância da ISO 31.000 para as outras normas de Sistemas de Gestão?

Empresária parando um efeito dominó de acontecer, representando ISO 31000 e gestão de riscosPode-se dizer que a ISO 31000 auxilia e completa vários outros sistemas de gestão, como os próprios citados aqui anteriormente. Como por exemplo, a própria ISO 45000, onde o Sistema de Gestão de Riscos pode atuar de forma ativa, auxiliando diretamente a Gestão de Saúde e Segurança com dados e informações. Assim como evitar e prevenir acidentes controlando os riscos, diminuem consideravelmente a probabilidade de acidentes com danos ambientais (ISO 14000) e também acidentes que possam prejudicar a qualidade de todo o processo (ISO 9000).

 

Etapas do processo de Gestão de Riscos

Existem algumas etapas primordiais que precisam ser seguidas para a implantação do Sistema de Gerenciamento de Riscos. São elas:

  1. Escopo: a primeira etapa consiste em elaborar um escopo da gestão de riscos, listando os critérios, objetivos e abrangendo todas as partes envolvidas;
  2. Identificação: onde será feito um levantamento e identificação de todos os riscos possíveis para todas as atividades realizadas, incluindo causas e efeitos dos fatores levantados;
  3. Análise: etapa onde será realizada a matriz de gestão de riscos, criando uma relação entre a probabilidade do risco gerar um acidente e a sua gravidade;
  4. Avaliação: seguindo a análise dos riscos, deve-se estabelecer prioridades de plano de ação para os riscos que apresentarem maior probabilidade e gravidade em seus respectivos acidentes. Esses riscos terão prioridades na próxima etapa;
  5. Tratamento: a última etapa, onde serão elaborados planos de ação para eliminação ou mitigação dos riscos, dos mais graves até os mais brandos.

 

Exemplo de matriz de riscos

Planilha ISO 31000

 

Quais as vantagens da implantação da ISO 31000?

A implantação da ISO 31.000 pode trazer diversas vantagens, tais como:

Melhoria da tomada de decisão: a gestão de riscos permite que as organizações tomem decisões mais informadas e embasadas em dados e informações.

Redução de perdas e danos: ao identificar e avaliar os riscos, é possível adotar medidas preventivas e corretivas para reduzir as perdas e danos decorrentes de eventos adversos.

Maior eficiência e eficácia: a gestão de riscos permite que as organizações identifiquem oportunidades de melhoria e aumentem a eficiência e eficácia de suas operações.

Fortalecimento da reputação: ao adotar boas práticas de gestão de riscos, as organizações podem fortalecer sua reputação perante seus clientes, parceiros e stakeholders.

Atendimento a requisitos legais e regulatórios: a ISO 31.000 é reconhecida mundialmente como uma norma de referência para a gestão de riscos, o que pode ajudar as organizações a atender a requisitos legais e regulatórios.

Maior confiança dos investidores: a adoção da gestão de riscos pode transmitir maior segurança e confiança aos investidores, uma vez que demonstra que a organização está preparada para enfrentar situações adversas e proteger seus investimentos.

 

Em resumo, a implantação da ISO 31.000 pode ajudar as organizações a se tornarem mais resilientes, eficientes e confiáveis, reduzindo perdas e danos e aumentando a satisfação de seus stakeholders.

 

Como se adequar à ISO 31.000?

Para se adequar à ISO 31.000, é preciso passar por todas as fases de implementação do programa, que vai desde o levantamento de riscos até a sua versão final, passando sempre pelo ciclo da melhoria contínua. Diferentemente das ISO 9000, 14000, entre outras (normas de requisitos, portanto, são auditáveis), a ISO 31.000 é apenas uma norma de diretrizes a serem seguidas, portanto, não é auditável.

 

Como a Bernhoeft pode te ajudar?

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