Gestão de Terceiros

Parcerias com Startups: riscos a considerar na gestão de fornecedores e parceiros

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É necessário fazer Gestão de Fornecedores em contratos com StartUps?

gestão de fornecedoresTornou-se uma tendência global para as grandes organizações que estão em busca de digitalizar seus negócios, com objetivo de se manterem relevantes no mercado, o fomento de um ecossistema que conecta e aproxima de maneira nunca antes vista, outras empresas, visando parcerias que acelerem a evolução de produtos dessas grandes corporações. Um tipo específico de empresa, contudo, tem sido mais procurado pela sua característica, geralmente, inovadora, enxuta, ágil e exponencial: estamos nos referindo as StartUps.

Apenas para citar um dado que corrobora com a percepção de crescimento dessa categoria de empresas no Brasil, apenas no ano de 2021 esse grupo contratou mais de 100 mil pessoas, segundo informações do Relatório 2021 Wrapped Brazilian Startups elaborado pela plataforma Sling. Mas será que as organizações que estão se relacionando com essas empresas, como contratantes ou parceiras, têm considerado e monitorado os riscos decorrentes desses contratos?

 

Quais riscos existentes em contratos com StartUps?

Antes de abordarmos os possíveis riscos e aspectos que requerem a atenção das companhias que estão conectadas com startups é importante revisarmos o próprio conceito por trás dessas organizações. Uma startup pode ser entendida como um grupo de pessoas que trabalham em conjunto e estão à procura de um modelo de negócio repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Normalmente essas empresas apresentam produtos e serviços que causam disrupção nos mercados que ingressam e, para isso, se utilizam da tecnologia como ferramenta principal, objetivando rápido crescimento e retorno financeiro.

Entendidas as características principais e motivações desse tipo de organização, é possível analisarmos os pontos que demandam maior cuidado no relacionamento com empresas Startups.

 

Para facilitar a compreensão classificaremos os riscos em alguns temas:

Formalização da empresa

É preciso entender se a organização possui os documentos legais obrigatórios para sua constituição e atuação, com certificados e licenças necessárias para atuar no ramo proposto;

 

Financeiros 

Nessa categoria estão alguns dos principais riscos a ser mitigado, primeiramente em relação a saúde financeira da empresa e capacidade de honrar com os seus compromissos junto a trabalhadores, investidores, fornecedores, credores e por último mais não menos importante, o governo. Aqui um acompanhamento próximo pautado em análise de evidências que atestem a confiabilidade da empresa e sua atuação em conformidade com a lei é fundamental. Como recai sobre as startups a pressão de provar o seu modelo de negócio, gerar resultado para os investidores, identificar um formato escalável e tudo isso de maneira acelerada, é preciso ter a segurança de que esses resultados não estão sendo obtidos a todo custo;

 

Operacionais

Nessa avaliação os pontos de atenção estão relacionados a pontualidade, consistência e suporte prestado pelo fornecedor/parceiro com vista ao comprimento do objeto contratual. Capacidade técnica, qualidade de matérias primas e insumos, confiabilidade e escalabilidade são aspectos-chave para serem observados;

 

Segurança

Para grande parte das startups os dados são os principais ativos, e considerando toda discussão e regulamentação em torno desse tema, aferir e requer evidencias que demostrem uma boa maturidade dessas empresas para dificultar e/ou atuar em caso de invasões por agentes mal-intencionados deve ser uma preocupação constante;

 

Gestão da organização

Como normalmente as empresas em estágio de startup possuem uma equipe bem otimizada, em alguns casos apenas com os próprios sócios, conhecer os gestores dessas organizações mais a fundo é necessário, inclusive entendo como cada um contribui com o trabalho e avaliando a capacidade desses de dirigirem o empreendimento, atrelado também a idoneidade e histórico de cada um.

Quer saber quais documentos dos seus fornecedores fiscalizar? Clique aqui

 

Considerações finais

Como é possível perceber existem diversos temas que merecem atenção numa parceria ou contratação de startup, essas organizações têm recebido bom aportes de investidores interessados em extrair o seu retorno no menor tempo possível e a depender de quem esteja à frente do negócio essa pressão pode impactar a sustentabilidade da empresa e para que a empresa contratante/parceira não tenha sua reputação, patrimônio e estratégia impactados por possíveis ingerências e desrespeitos a leis e normas, controles efetivos são essenciais.

Sua empresa possui parcerias ou contratos de fornecimento com startups? Esses riscos são avaliados? Sentiu falta de algum? comenta aqui.

 

Sobre a Bernhoeft

A Bernhoeft apoia organizações que têm a terceirização como uma estratégia de negócio, mas que entendem a necessidade de um trabalho preventivo na mitigação de risco decorrentes dessas parcerias. Se deseja saber como potencializar de maneira segura sua gestão de terceiros fale com um dos nossos consultores.

 

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Autor: Almir Rocha

 

 

 

 

Referências

https://forbes.com.br/forbes-collab/2022/01/a-forca-das-startups-no-brasil/