Nos últimos anos, a preocupação com os direitos humanos e a conformidade trabalhista nas cadeias produtivas ganhou destaque global. Essa crescente conscientização está diretamente relacionada a dados alarmantes: segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), mais de 27,6 milhões de pessoas em todo o mundo são vítimas de trabalho forçado. Diante desse cenário, a gestão de terceiros emerge como uma ferramenta estratégica fundamental para mitigar riscos trabalhistas e promover práticas éticas. Empresas de todos os setores enfrentam crescente pressão para garantir que suas operações e as de seus fornecedores respeitem normas éticas e legais, incluindo a erradicação do trabalho escravo. Ao monitorar e avaliar rigorosamente a conformidade de fornecedores e prestadores de serviços, as organizações podem evitar vínculos com práticas trabalhistas abusivas, protegendo simultaneamente sua reputação e sustentabilidade financeira. Gestão de Terceiros e sua relevância para a conformidade trabalhista A gestão de terceiros compreende o monitoramento e a administração de fornecedores, prestadores de serviços e outros parceiros comerciais que influenciam diretamente as operações de uma empresa. Esta prática tornou-se essencial para garantir a conformidade trabalhista e minimizar riscos de envolvimento com práticas ilegais. Um dos principais desafios nesse processo é a complexidade das cadeias produtivas globais. Com fornecedores operando em diferentes países e jurisdições, assegurar o cumprimento de normas trabalhistas requer políticas rigorosas e processos contínuos de monitoramento. As consequências de falhas nessa gestão podem ser severas, incluindo multas, sanções legais e danos significativos à reputação corporativa. LEIA MAIS: Gestão de terceiros: conheça os indicadores de trabalho análogo à escravidão Homologação de fornecedores: uma ferramenta estratégica A homologação de fornecedores é um processo essencial para garantir a conformidade e a qualidade dos parceiros comerciais. Consiste na verificação e validação de documentos, auditorias e avaliações de desempenho para assegurar que fornecedores atendam aos requisitos legais e éticos estabelecidos pela empresa. Esse processo não apenas protege a organização contra riscos trabalhistas, mas também contribui para a sustentabilidade e responsabilidade social corporativa. Entre os critérios essenciais para a homologação, destacam-se: Certificações de conformidade trabalhista: verificação de documentos como Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT) e cumprimento de normas regulamentadoras (NRs) de segurança do trabalho. Essas certificações ajudam a garantir que os fornecedores respeitam as leis trabalhistas vigentes. Histórico de práticas éticas: avaliação de registros anteriores, como envolvimento em litígios trabalhistas, denúncias de trabalho escravo ou más condições de trabalho. Consultas a listas públicas, como a 'Lista Suja' do trabalho escravo, auxiliam na identificação de fornecedores de risco. Capacidade financeira e operacional: avaliação da saúde financeira do fornecedor para assegurar que ele possui recursos suficientes para operar de maneira ética, sem recorrer a práticas abusivas para reduzir custos. Além disso, ferramentas de verificação, como sistemas de monitoramento contínuo e consultas a listas de empregadores que utilizam trabalho escravo, são essenciais para manter a conformidade ao longo do relacionamento comercial. A implementação de contratos rigorosos com cláusulas específicas sobre responsabilidade trabalhista e direito de auditoria fortalece o controle na cadeia de fornecedores. Tais contratos devem incluir penalidades para casos de descumprimento das normas éticas e trabalhistas. LEIA MAIS: Como a Homologação de Fornecedores pode impactar nos resultados financeiros e operacionais da sua empresa? Empresas que adotam essas medidas não apenas garantem conformidade legal, mas também promovem um ambiente de negócios mais ético e seguro. A homologação de fornecedores, portanto, vai além de um requisito legal, tornando-se um diferencial competitivo em mercados que valorizam a transparência e a responsabilidade social. Trabalho escravo: um risco real nas cadeias produtivas Dados da OIT revelam que, a cada mil pessoas no mundo, 3,5 são vítimas de trabalho forçado. No Brasil, a 'Lista Suja' do trabalho escravo periodicamente atualizada pelo Ministério do Trabalho expõe empresas envolvidas em práticas de exploração laboral. Fornecedores mal fiscalizados representam elos frágeis na cadeia produtiva, podendo ocultar condições análogas à escravidão. Jornadas exaustivas, alojamentos precários, retenção de documentos e ausência de direitos trabalhistas básicos configuram violações graves que expõem as empresas a riscos legais, financeiros e reputacionais significativos. LEIA MAIS: Gestão de terceiros na cadeia de suprimentos https://youtu.be/1XVRmlnqSt4?si=lu60coRCoyNYOLjv Estratégias efetivas de mitigação de riscos Para combater efetivamente o trabalho escravo, as empresas precisam adotar uma abordagem multifacetada e proativa. Isso significa implementar políticas rigorosas de contratação que vão além da simples verificação documental, realizando auditorias frequentes e não anunciadas que permitam uma avaliação em profundidade das condições de trabalho. A utilização de tecnologias de inteligência de dados tem se mostrado um diferencial importante nesse processo, permitindo o monitoramento contínuo e a detecção precoce de possíveis irregularidades. Complementarmente, a obtenção de certificações de responsabilidade social oferece um selo adicional de credibilidade e compromisso ético. Um elemento crucial nessa estratégia é a criação de canais de denúncia anônimos, que empoderam trabalhadores e parceiros a reportarem condições inadequadas sem medo de represálias. Essas múltiplas camadas de proteção e fiscalização formam um sistema robusto de prevenção contra práticas análogas à escravidão. LEIA MAIS: Gestão de riscos: o que é e como implementar na sua empresa A gestão de terceiros e a homologação de fornecedores transcendem requisitos legais, configurando-se como elementos estratégicos para construção de cadeias produtivas éticas e responsáveis. Investir nessas práticas significa não apenas proteger a organização, mas contribuir ativamente para a construção de uma sociedade mais justa. Empresas que priorizam transparência, monitoramento contínuo e responsabilidade social não apenas mitigam riscos, mas se posicionam como líderes em seus setores, atraindo investidores, consumidores e parceiros comprometidos com práticas éticas. Como a Bernhoeft pode te ajudar Somos pioneiros na Gestão de Terceiros, trabalhando há 20 anos para garantir segurança e sustentabilidade em todas as fases contratuais. Com especialistas e tecnologias avançadas, asseguramos responsabilidade socioambiental e segurança financeira através do processo de Homologação de Fornecedores. Para conhecer mais sobre nossos serviços, entre em contato conosco. Autora: Mônica Barbosa | Analista de Gestão de Terceiros
SAIBA MAISAlocação de consultor especialista
A alocação de consultor especialista em gestão de terceiros é uma solução eficiente e personalizada para organizações que desejam alcançar os melhores resultados e segurança na terceirização. O consultor em gestão de terceiros é um profissional altamente qualificado e experiente em gestão e monitoramento de riscos com fornecedores e terceiros. O profissional atuará de maneira exclusiva com os fornecedores da contratante, com foco em aumentar os resultados da Gestão de Terceiros.
O consultor em gestão de terceiros é capaz de apoiar a organização em todas as etapas da terceirização, desde a seleção de fornecedores até a gestão do relacionamento e desempenho dos terceiros contratados. Sua experiência em implementação e desenvolvimento de processos de gestão de terceiros o torna um grande parceiro de negócios, capaz de encurtar os caminhos rumo aos objetivos pretendidos.
Benefícios do Consultor Especialista em Gestão de Terceiros
- Contar com alguém que agregará mais conhecimento mais conhecimento e experiência de mercado a organização
- Dedicação ao projeto e maior produtividade
- Aceleração dos resultados
- Disseminação do conhecimento dentro da organização
- Ter alguém que estará atuando como um consultor de fato, aconselhando, apoiando no direcionamento de estratégias e ações e não apenas executando o que for pedido
- Redução de custos por retrabalho e iniciativas não assertivas
- Melhor intermediação da comunicação da organização com os seus fornecedores e desenvolvimento da cadeia de valor
- Identificação de riscos mais assertiva.
Principais Atividades
- Interação com os fornecedores mais críticos
- Esclarecimento de dúvidas aos fornecedores
- Reunião online com áreas internas da Contratante
- Atualização de informações no Portal da Bernhoeft
- Acompanhamento da situação dos fornecedores mais críticos
- Reunião online e agendamento das integrações com fornecedores
- Cobrança por e-mail e telefone aos fornecedores que não entregarem os documentos
- Alinhamentos e definições quanto à Mobilização dos Fornecedores e solicitações de análises emergenciais
- Atendimento proativo com os fornecedores, orientando como postar documentações e solucionar dúvidas sobre questões legais